Angioarquitetura do órgao subfornicial humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Corso, Carlos Otavio
Orientador(a): Achaval-Elena, Matilde
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/282399
Resumo: O Órgão Subfornicial (OSF) humano é uma estrutura de natureza neurogliovascular, que se localiza no teto do terceiro ventrículo encefálico, em estreita relação com o corpo do fórnix e seus pilares, com a tela coroidéia e plexos coróides do terceiro ventrículo e ventriculos laterais. É ímpar e se localiza na linha média, quase que totalmente recoberto pelos plexos coróides e tela coroidéia do terceiro ventrículo. Apresenta celularidade abundante, destacando-se neurônios de várias formas e tamanhos, e células gliais. Tem um importante. suprimento vascular, a partir de vasos encefálicos variados, conforme a espécie estudada. Apresenta uma rede capilar bastante desenvolvida, porém variável, que atinge a sua maior desenvoltura na zona ventromedial da região central, local onde também encontra-se a maior concentração celular. Nos últimos anos foram estabelecidas importantes relações com núcleos vizinhos, bem como foi determinado possuir receptores para a angiotensina II, e que o OSF tem importantes funções na manutenção do equilíbrio hídrico do organismo, através de respostas pressoras e do controle do mecanismo da sede e ingesta hídrica. Devido aos escassos relatos sobre estudos no OSF humano, realizamos este trabalho visando obter dados da angioarquitetura do OSF humano. Utilizamos 17 encéfalos humanos, com tempo de post-mortem entre 8 e 12 horas, e realizamos técnicas histoquímicas para fosfatase alcalina (Métodos de Gomori e Burstone), H.E. e injeção intravascular de gelatina carminada. Em 11 dos órgãos foram realizados cortes coronais seriados, com 25 μm de espessura, em toda a sua extensão. Nos 6 órgãos restantes foram feitos cortes sagitais. Os cortes coronais assim obtidos foram projetados em uma tela, sendo realizada a divisão em zonas ventromedial e dorsolateral, e em regiões rostral, central e caudal. A observação tinha como objetivos definir o seu aporte arterial, a distribuição das arteríolas no seu interior; a concentração dos capilares nas diferentes zonas, regiões e subregiões do OSF humano, detectando diferenças estatisticamente significantes, se houvessem. Procedeu-se da mesma forma com os cortes sagitais, apenas não sendo objeto de análise estatística. Constatamos que o aporte arterial ao OSF humano ocorre apenas através do seu pólo posterior, por ramos das artérias coroidéias posteriores. Existe um padrão variado na distribuição das arteríolas no seu interior, havendo 2 ou 3 vasos principais, que penetram no órgão pela sua extremidade posterior e se colocam em situações variadas, cumprindo um trajeto em sentido anterior, passando pela região central e atingindo a região rostral do OSF. Determinamos um predomínio na concentração dos capilares na zona ventromedial em relação à zona dorsolateral e da região central em relação às regiões rostral e caudal, com significância estatística. Igualmente, determinamos diferença com significância estatística na concentração capilar entre as sub-regiões central posterior em relação à caudal posterior, caudal média, rostral anterior, caudal anterior e rostral média; da sub-região central média em relação à caudal posterior e caudal média e da central anterior para a caudal posterior.