A construção de redes de inovação : o Parque Científico e Tecnológico da UFRGS e sua implicação social nas empresas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paim, Tamirez Galvão da Silva
Orientador(a): Garcia, Sandro Ruduit
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200827
Resumo: Esta pesquisa discute a interação universidade-empresa, mediante a análise do processo de implantação do Parque Científico e Tecnológico – Parque Zenit da UFRGS, que se iniciou no ano de 2011, e suas implicações sociais nas empresas incubadas ou associadas ao mesmo, especialmente suas redes de interação e colaboração para a geração de inovação. Essa categoria de fenômenos tem sido, usualmente, explicada pelo modelo da triple helix que busca apreender interações entre universidade, empresa e governo para a promoção da inovação com base no protagonismo das instituições de ensino e pesquisa. Contudo, ao considerar os pressupostos teóricos e resultados dos estudos da inovação e o enfoque de redes, a presente pesquisa relativiza tal modelo que supõe certa homogeneidade dos efeitos para as empresas em face da constituição dos parques científicos e tecnológicos. A hipótese investigada sugere que quanto mais próxima da universidade estiver uma empresa, maiores serão suas chances de acessar uma rede de relações de inovação. No entanto, nem todas as empresas têm as mesmas capacidades de traduzir essas relações. Por isso, a interação pode variar de empresa para empresa, conforme sua capacidade de interpretar e traduzir os vínculos da rede. O caso escolhido foi investigado tendo como dimensões de análise: a) os atores envolvidos, os mecanismos de gestão e as concepções do Parque; b) as condições de infraestrutura para as empresas; e c) as capacidades das empresas e suas redes de interação para a inovação. Foram procedidas pesquisa documental, observação assistemática e entrevistas semiestruturadas com líderes do Parque e com gestores de uma amostra intencional de nove empresas de base tecnológica, tentando alcançar variação entre experiências selecionadas. A análise constatou diferentes fases no processo de implantação do Parque, destacando-se a mudança de um projeto focado em estrutura física para um modelo mais orientado para a conexão entre atores no aproveitamento de infraestrutura já disponível. Isso vem se refletindo na construção de variadas redes de inovação entre empresas incubadas e associadas ao Parque. As empresas consideradas mais inovadoras são aquelas que tiveram mais contato com a pesquisa dentro da universidade. Grande parte das empresas é fruto da experiência da pós-graduação, sendo fundamental o apoio dos professores durante e após a pesquisa para a criação da empresa. No entanto, sua origem impacta na grandeza das suas relações tanto de natureza comercial quanto de natureza de pesquisa e desenvolvimento. Constatamos que empresas spin-offs de P&D têm mais chance de estabelecer vínculos de inovação com empresas e grupos internacionais com base em P&D que buscam agregar atores com conhecimento inovativo de pesquisa aplicada. Isso não exclui que algumas incubadas de prestação de serviços não possam estabelecer vínculos comerciais, mas não expande a rede de inovação como as de origem spin-offs na troca de informações e conhecimentos aplicados.