Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Valéria Dorneles |
Orientador(a): |
Miguel, Lovois de Andrade |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72249
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Resumo: |
A Campanha, no Rio Grande do Sul, tem como principais características a predominância de produção pastoril e grande concentração fundiária. Em 1998 o IBGE identificou um grupo numeroso de pequenos produtores que se dedicam à bovinocultura de corte e com características de agricultores familiares, os quais foram identificados como pecuaristas familiares. A literatura que aborda esta categoria social considera que este grupo tem, na sua origem, diferentes trajetórias e que estes processos se desenvolveram no período inicial do século XX, ou seja, o pecuarista familiar é originário do século XX. No entanto as pesquisas históricas recentes mostram que pequenos criadores de gado estavam presentes na Campanha desde, pelo menos, o início do século XIX. O presente trabalho busca avaliar a natureza da relação histórica entre os pequenos criadores de gado do século XIX e os pecuaristas familiares da região da Campanha hoje. O estudo focaliza principalmente o município de Santana do Livramento, visto que além de ter uma tradição na produção pecuária extensiva também se mostra um município com uma significante presença de pecuaristas familiares na atualidade. O estudo utiliza o conceito de sistemas agrários e se baseia principalmente em dados extraídos de entrevistas com os pecuaristas familiares do município e fontes documentais primárias: censo, processos crimes e cíveis e inventários post-mortem. Esta pesquisa permite identificar como principais resultados a existência de estabelecimentos agrícolas que desenvolviam a pecuária em uma complexidade de tipos, que variavam quanto à dimensão do estabelecimento, modo de acesso à terra e o estatuto social da mão de obra. Ressalta-se neste trabalho a identificação de um grupo de criadores existentes no século XIX que possuíam pequenos rebanhos de gado e utilizavam principalmente a mão de obra familiar, sendo que muitos deles não possuíam a propriedade da terra. Este grupo demonstra a persistência dos pecuaristas familiares como uma categoria social na Campanha desde o período do século XIX. |