As restrições à cadeia produtiva da laranja no estado do Rio Grande do Sul na visão dos seus "atores chave"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Piato, Matheus Stapassoli
Orientador(a): Talamini, Edson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/96927
Resumo: O agronegócio brasileiro é responsável por uma parcela considerável da produção mundial de alimentos, sendo as frutas, especialmente as citrícolas, as que apresentam maior consumo. Neste contexto, as laranjeiras representam 55% da área cultivada de citros. O estado do Rio Grande do Sul (RS) é o sexto maior produtor nacional de laranja, onde é possível identificar na cadeia produtiva a presença de todos os elos, tais como fornecedores de insumos, produtores de mudas, produtores de frutas, indústrias de produção de suco, dentre outros. Muitos são os gargalos que impossibilitam uma coerência e estruturação na cadeia de produção dessa cultura já que a plantação é predominantemente familiar e desenvolvida em pequenas propriedades e o escoamento é feito em grande parte para os intermediários e não para a indústria. O objetivo deste trabalho foi identificar as principais restrições existentes nos elos da cadeia produtiva da laranja no RS do ponto de vista dos “atores chave” através de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória descritiva. Os participantes, escolhidos por amostra não probabilística e por conveniência, foram "atores chave" do elo produtivo (produtores rurais), comercialização (intermediários) e processamento (indústrias) da cadeia produtiva da laranja. A coleta de dados foi realizada por entrevista semiestruturada nas propriedades rurais, em feiras hortícolas e nas indústrias processadoras. As entrevistas foram organizadas, analisadas e interpretadas com auxilio do software QDA Miner 4.0. Em conjunto com a análise interpretativa temática, o pesquisador valeu-se também da Teoria das Restrições. A possibilidade de pensar nos problemas de maneira lógica e sistêmica, no qual a teoria das restrições está baseada, reduz a necessidade de adivinhação na interpretação dos resultados, estabelecendo uma coerência no crescimento da cadeia, correlacionado os “atores chave” e identificando os entraves de maior impacto. Conclui-se através da caracterização dos “atores chave” a importância de cada um para a cadeia produtiva da laranja. A partir dos dados primários foram identificadas as restrições - Mercado, Logística, Capacitação e Incentivos Governamentais - que mais obstruem o crescimento na produção da fruta no RS e suas causas. Perceberam-se, também, semelhanças quanto às perspectivas dos “atores chave” na cadeia produtiva da laranja. Portanto, torna-se necessário integrar os atores - agricultores, intermediários, indústria, poder público, órgãos de extensão rural, universidades e centros de pesquisa, para que possam propor e executar ações concretas que venham a modificar o atual cenário da produção de laranja no RS.