Risco e retorno de investimento em citros no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Adami, Andréia Cristina de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-24052010-110330/
Resumo: A citricultura brasileira é vista como atividade razoavelmente rentável no longo prazo, mas caracterizada por preocupante nível de risco. Este trabalho buscou avaliar a rentabilidade e o risco da atividade, sugerindo como forma de melhor gerenciá-los a provisão de recursos. A análise que confronta risco e retorno da atividade utiliza o método do Valor Presente Líquido - VPL. A identificação dos principais fatores (fontes de risco) responsáveis pela variabilidade do fluxo de caixa foi feita através da análise das contas do fluxo de caixa da atividade e pela estimação do modelo de auto- regressão vetorial de previsão para definir as distribuições conjuntas desses preços. As distribuições de probabilidade para a produtividade nos 19 anos de vida útil do pomar foram definidas através do teste de ajustamento de Kolmogorov-Smirnov. Utilizando o modelo do VPL foram simulados 10.000 possíveis valores para os fatores de risco que substituídos nas contas do fluxo de caixa geraram 10.000 possíveis valores de rentabilidade para a atividade. A análise do investimento no pomar de laranja mostrou que os principais fatores de risco para a citricultura são os preços recebidos pela fruta, os preços pagos pelos insumos e a produtividade das plantas. O investimento se apresentou viável economicamente para uma taxa real de desconto de 4% ao ano, com 0,01% de chances de se obter VPL<0; já, para uma taxa de desconto de 6% ao ano há 16% de chances de se obter VPL<0; e, para uma taxa de desconto de 8% ao ano, o investimento passa a ser inviável economicamente apresentando apenas 3% de chances de se obter VPL>0. Embora a rentabilidade média esperada tenha se apresentado remuneradora (6,6% ao ano), o produtor poderá necessitar de recursos para suportar os anos que apresentarem fluxo de caixa negativo. Para gerenciar os riscos do projeto, foram sugeridos dois procedimentos para o cálculo da provisão, um baseado no risco de VPL<0 e outro na distribuição das receitas líquidas acumuladas capitalizadas negativas. O valor a ser provisionado para que o produtor fique protegido contra 95% dos possíveis déficits de caixa representa 17% do montante a ser aplicado nos 3 primeiros anos do projeto. Porém, o montante a provisionar depende dos recursos que o investidor disponha-se a aplicar a mais no projeto ou qual o limite de crédito com que ele pode contar para cobrir suas deficiências de caixa.