Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Coriolano, Iara Reinaldo |
Orientador(a): |
Oliveira, Gonçalo Nuno Côrte-Real Ferraz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265127
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Resumo: |
A regra de Damuth, expectativa de uma relação negativa na qual a densidade populacional diminui com o aumento da massa corporal na potência de três quartos, tem forte embasamento teórico. No entanto, estudos empíricos que sucederam os achados iniciais de Damuth, encontraram uma variedade de relações quantitativas dependendo das fontes dos dados, taxons, guildas e da escala espacial, com expoentes variando de negativos a nulos ou mesmo positivos. A divergência entre a previsão de Damuth e a literatura subsequente é evidente em estudos de escala local com amostras de número de espécies relativamente pequeno. Motivados por essas divergências, analisamos um conjunto de dados de aves em escala local, tomando os seguintes cuidados estatísticos: a) controle da não-independência filogenética entre as espécies, b) inclusão da variação intra-específica e c) estimativa da densidade populacional. Estimamos a densidade populacional usando modelos de captura-recaptura espacialmente explícitos para 44 espécies de 13 famílias. Para considerar incerteza filogenética, realizamos PGLS entre os logaritmos de densidade e massa corporal usando 1000 árvores do BirdTree. Encontramos uma consistente relação negativa entre densidade populacional e massa corporal mesmo após a inclusão de erros de medida e incerteza filogenética. O OLS entre as duas variáveis resultou uma inclinação de -0.57, mas a inclinação média obtida pelo PGLS com movimento browniano e PGLS com erros de medida para 1000 árvores foram, respectivamente, -0.73 e -0.71, muito mais próximas ao -0.75 encontrado por Damuth. Nosso trabalho demonstra que a contabilização das principais fontes de erro na inferência de uma relação alométrica influencia fortemente o resultado. Concluímos que a inclinação de -3/4 pode ser encontrada mesmo em escalas locais, reforçando a robustez e aplicabilidade geral da regra de Damuth. |