Atividade antitumoral dos ácidos ursólico e betulínico em modelos celulares de leucemia linfoblástica aguda de células precursoras B

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Letícia Terres
Orientador(a): Pilger, Diogo Andre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/278698
Resumo: As fusões gênicas recorrentes, incluindo ETV6::RUNX1 e rearranjos KMT2A (KMT2A-r) são uma característica marcante da leucemia linfoblástica aguda precursora de células B (LLA-B). ETV6::RUNX1, comum em crianças, está associada a um bom prognóstico, enquanto KMT2A-r, encontrado em ~10% dos adultos e ~5% das crianças, indica um pior prognóstico. O tratamento continua a ser um desafio em grupos específicos, muitas vezes com efeitos adversos significativos. O ácido ursólico (AU) e o ácido betulínico (AB), triterpenos pentacíclicos, demonstram uma atividade antitumoral promissora em tumores sólidos, porém os estudos em tumores hematológicas permanecem pouco explorados. Este estudo avaliou esta atividade em linhagens celulares de LLA-B. Os resultados demonstraram que AU e AB diminuíram a viabilidade da linhagem celular REH (positiva para ETV6::RUNX1) com IC50 de 21,1 ± 3,4 μM (UA) e 18,1 ± 1,4 μM (BA) e na linhagem celular RS4;11 (positiva para KMT2A-r), com IC50 de 39,3 ± 2,0 μM (UA) e 25,3 ± 1,1 μM (BA), com indução de apoptose em ambos os modelos. As moléculas foram mais seletivas em REH (índice de seletividade de 3,7 para UA e 5,5 para BA, enquanto para RS4;11, o IS foi de 2,0 para UA e 4,0 para BA). BA induziu alterações no ciclo celular e dano ao DNA em REH, enquanto o impacto de UA em RS4;11 se limitou à diminuição da expressão de IKZF1 e BTG1. A autofagia foi detectada apenas em REH, que apresentava maior expressão de VAMP8 (envolvido na autofagia) e onde também foi detectado dano ao DNA. Este trabalho revela uma atividade antitumoral não reportada de UA e BA em modelos de B-ALL.