Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Montes, Julia Helena |
Orientador(a): |
Barcellos, David Emilio Santos Neves de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265142
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Resumo: |
Este estudo buscou verificar através da avaliação clínica longitudinal individual na fase de terminação e das lesões ao abate, a associação da tosse com as condições ambientais das instalações e com a presença de dois patógenos primários causadores de pneumonia em suínos (Mycoplasma (M.) hyopneumoniae e vírus da Influenza A - IAV). Mil e duzentos animais de dois galpões de terminação da mesma propriedade foram utilizados. A origem dos animais, nutrição, manejo, estrutura e vacinação foram os mesmos para os galpões, exceto o manejo de cortinas. Em cada galpão, 5 pontos de avaliação foram definidos: um em cada extremidade e três distribuídos entre eles. Monitoramento ambiental e clínico foram realizados diariamente, manhã e tarde, em cada ponto a partir dos 110 aos 210 dias de idade (abate). Foram realizadas aferições da concentração de NH₃, CO₂, umidade relativa do ar e temperatura de cada ponto/galpão. Após, a avaliação clínica individual era realizada através da contagem de tosse/baia. Amostras in vivo de 60 animais/galpão foram coletadas para detecção por PCR de M. hyopneumoniae e IAV. Ao abate, 970 pulmões foram macroscopicamente avaliados e 254 amostras de pulmões com diferentes severidades de lesões foram coletadas para avaliação histológica e detecção de ambos os agentes. Os animais foram individualmente pesados no início das avaliações e pré - abate (110 e 203 dias de idade). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o Software SAS® com nível de significância de 5%. Houve uma maior contagem de tosse no turno da manhã comparado ao turno da tarde (3,8 ± 0,3 vs. 2,5 ± 0,2 tosses/avaliação/ponto; P < 0,01). Assim como, os dois pontos de avaliação nas extremidades dos galpões (P < 0,01) tiveram maior contagem. Foi observado um acréscimo na contagem de tosse com: decorrer das semanas (r = 0.70; P < 0.01), concentração de NH₃ (r = 0,50; P <0,01), umidade relativa do ar (r = 0,18; P <0,01) e concentração de CO₂ (r = 0,09; P <0,01). Correlações negativas na contagem de tosse com a temperatura mínima (r = -0.17; P <0.01) e variação de temperatura (r = -0.06; P = 0.02) foram observadas. Não houve associação de tosse com lesões pulmonares (macro e microscópicas) e detecção de M. hyopneumoniae ao abate (P > 0,05). Foi observado que pulmões com lesões microscópicas sugestivas de M. hyopneumoniae e/ou IAV tiveram maior chance (P < 0,01) de apresentarem lesões macroscópicas mais severas do que pulmões sem lesões (OR = 3,7; 14,0 e 60,0 para M. hyopneumoniae, IAV e M. hyopneumoniae + IAV, respectivamente). Leitões que apresentaram ≥ 6 episódios de tosse (classe 4 e 5) durante as avaliações tiveram GPD significativamente menor (1,02 ± 0,01 e 0,98 ± 0,02 kg/d, respectivamente) comparados a animais que não apresentaram tosse (Classe 0; 1,09 ± 0,01 kg/d) (P < 0,01). Em conclusão, a tosse possui comportamento diferente de acordo com a qualidade ambiental das instalações, que pode afetar e agravar a condição respiratória e piorar o desempenho dos animais. |