Estudo etiológico e patológico de pneumonias em javalis criados de forma confinada no estado do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Biondo, Natalha
Orientador(a): Barcellos, David Emilio Santos Neves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/40086
Resumo: As doenças respiratórias são muito comuns na produção intensiva de suínos, já em javalis são escassas informações sobre prevalência, etiologia e apresentação clínico-patológica destas enfermidades. No entanto, a presença de patógenos respiratórios comuns entre javalis selvagens e confinados e suínos domésticos já foi relatada. Este trabalho descreve as principais lesões macroscópicas e histológicas de pneumonias de javalis e os agentes comumente envolvidos. Foram examinados pulmões de javalis, ao abate, provenientes de criatórios comerciais e a principal lesão macroscópica foi consolidação crânio-ventral dos lobos craniais e médios e lesões crônicas cursando com hiperplasia linfóide na histologia. O principal agente bacteriano detectado foi o Mycoplasma hyopneumoniae (58,6%). Outros patógenos bacterianos detectados foram Actinobacillus pleuropneumoniae (48,8%), Haemophilus parasuis (49,6%), Mycoplasma hyorhinis (41,3%), Pasteurella multocida (9,1%) e Streptococcus suis (9,1%). Na segunda parte do trabalho, a pesquisa de patógenos virais foi direcionada para o Vírus da influenza suína (VIS) com objetivo de estudar o envolvimento em pneumonias de javalis de criatórios e a relação com agentes bacterianos encontrados. O vírus pandêmico A/H1N1/2009 foi detectado em 18,3% (11/60) e sua identidade foi confirmada por sequenciamento. A carga viral para H1N1 clássico variou de 4,58 a 6275 cópias/μL e para o H1N1 pandêmico, de 4,65 a 3863 cópias/μL. Nenhuma amostra apresentou título viral após a inoculação em ovos embrionados. As lesões histológicas principais foram broncopneumonia crônica difusa e pneumonia intersticial mononuclear leve, além de hiperplasia linfóide. As amostras positivas por RT-PCR para o VIS para o pH1N1 foram testadas por IHQ, sendo todas negativas para influenza A, mas todas eram positivas para M. hyopneumoniae. Quando testadas por bacteriologia, 18,2% das amostras foram positivas para P. multocida. O estudo mostrou que as pneumonias em javalis de criatório apresentaram lesões e patógenos associados similares aos encontrados em suínos domésticos ao abate. Este é o primeiro relato da infecção pelo vírus pH1N1 em javalis no Brasil.