Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Coradi, Fernanda de Bona |
Orientador(a): |
Bernardi, Juliana Rombaldi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234806
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Resumo: |
Introdução: a alimentação de pré-escolares sofre influência de diversos fatores, incluindo hábitos alimentares das mães, tornando importante estudar as escolhas alimentares maternas. Objetivo: identificar o consumo alimentar materno e a sua influência na alimentação e na composição corporal de préescolares. Métodos: trata-se de um estudo longitudinal prospectivo com pares mãe-criança. As variáveis maternas analisadas foram: acompanhamento do consumo alimentar e as variáveis demográficas e socioeconômicas, e da criança foram: sexo, idade, frequência em escola infantil, consumo alimentar habitual, duração do aleitamento materno, uso de fórmula infantil, tempo de telas e antropometria. Na análise estatística, utilizou-se média e desvio padrão, mediana e intervalo interquartil, os testes ANOVA One-Way e Post Hoc de Tukey, Kruskal-Wallis e Post Hoc de Dunn, correlações de Pearson e Spearman, regressão linear múltipla com análise multivariável, nível de significância de 5%. Resultados: a amostra foi constituída por 83 pares. A proporção de consumo de alimentos pelas mães foi de 58,5% de in natura e/ou minimamente processados (IN), 12,9% de processados (PR) e 28,7% de ultraprocessados (ULPR). Nas crianças, a proporção de consumo destes alimentos foi de 51,9%, 13,1% e 32,1%, respectivamente. Houve correlação positiva entre o consumo alimentar mãe-criança no grupo 5 (carnes e ovos) (r=+0,22; p=0,049) e IN (r=+0,30; p=0,006). As mães com maior escolaridade consumiram estatisticamente mais alimentos do grupo 2 (legumes e verduras) (r=+0,216; p=0,050) e 4 (leite, queijo e iogurte) (r=+0,248; p=0,024), e menos do 7 (r=-0,341; p=0,002); as com maior renda consumiram mais PR (p=0,048). O maior consumo infantil de IN ocorreu em famílias com renda ≥ 3 salários mínimos mensais (SM) (p=0,033), e o maior consumo de ULPR ocorreu em famílias com renda > 1 SM a < 3 SM (p=0,014). O consumo infantil do grupo 6 (feijões e oleaginosas) obteve correlação positiva com escolaridade materna (r=+0,443; p<0,001), o 2 obteve correlação negativa (r=-0,286; p=0,009), assim como, o 9 (café e chá) (r=-0,358; p=0,001) e ULPR (r=-0,231; p=0,036). O maior consumo infantil de ULPR esteve estatisticamente associado com tempo de tela ≥ 240 minutos/dia (p=0,007). O maior consumo do grupo 6 (r=-0,244; p=0,026) e IN (r=-0,224; p=0,041) correlacionou-se com a menor idade da criança. No estado nutricional, 30,1% (n=25) das crianças estavam com excesso de peso, 25,3% (n=21) excesso de adiposidade pela DCT e 36% (n=30) pela DCSESC. Quanto maior o consumo materno de IN, menores foram as DCT (p=0,049; β-0,211) e DCSESC (p=0,011; β-0,278), e quanto maior o consumo materno de ULPR, maiores foram as DCT (p=0,010; β+0,274) e DCSESC (p=0,043; β+0,222) da criança. Quanto maior o consumo infantil de PR, maiores foram as DCT (p=0,001; β+0,347) e DCSESC (p=0,013; β+0,283) da criança. Conclusões: a alimentação materna apresentou correlação com a escolaridade materna e renda familiar. A alimentação infantil obteve correlação com a alimentação e escolaridade materna e com a idade da criança, associação com a renda familiar e tempo de tela. A alimentação mãe-criança teve correlação com o estado nutricional das crianças. |