Ensaios sobre inflação no Brasil : indexação e arranjo institucional, inércia comparada com outros países e relações de variáveis macroeconômicas com inovação tecnológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Abrita, Mateus Boldrine
Orientador(a): Dathein, Ricardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/187613
Resumo: A presente tese conta com três ensaios que possuem como elemento consubstancial a inflação. Primeiramente, no primeiro ensaio, analisa-se a indexação e o arranjo institucional no Brasil. Considerando-se que mecanismos de indexação, hábitos, adaptações dos arranjos institucionais e contratuais podem ser utilizados para enraizar a lógica da perpetuação inflacionária no tempo pela inércia, o objetivo do primeiro ensaio é analisar e debater, à luz das teorias de economia institucional, a inércia inflacionária brasileira e verificar se existem elementos institucionais que estejam alinhados e favorecendo a existência desse fenômeno na atualidade. A partir disso, a hipótese principal do primeiro ensaio é a de que a indexação foi “institucionalizada” no Brasil, ou seja, mesmo após um empenho de desindexação ocorrido no Plano Real, vários mecanismos de indexação ainda se fazem presentes na economia brasileira e podem favorecer a inércia inflacionária. O ensaio constata que existem evidências de que a indexação está, pelo menos parcialmente, institucionalizada e enraizada no Brasil. No segundo ensaio, a despeito do esforço de desindexação ocorrido no Plano Real, vários mecanismos de indexação persistem na economia brasileira. Nesse sentido, o objetivo do segundo ensaio é realizar uma comparação, no período recente, a fim de se obter indícios a respeito do peso do componente inercial da inflação no Brasil em relação a outros países. Para tal, estima-se um modelo autorregressivo vetorial (VAR) para Brasil, Estados Unidos e Chile. Os resultados indicam que o Brasil possui um nível de inércia mais elevado que as economias dos Estados Unidos e do Chile. No terceiro ensaio, realiza-se uma análise e discussão a respeito das relações entre as variáveis macroeconômicas selecionadas câmbio, juros, inflação e produção industrial e as inovações tecnológicas no Brasil. Para isso, estima-se um modelo de séries temporais de vetor de correção de erros (VEC). Como resultado, encontra-se uma relação negativa entre inovação tecnológica e as variáveis macroeconômicas juros e inflação, uma relação positiva com a produção industrial e com a própria inovação e uma relação sutilmente negativa, com uma depreciação cambial no curto prazo, e positiva, após passar alguns períodos.