Comparação dos níveis de privações entre agricultores familiares no semiárido norte-mineiro frente aos programas de convivência e do microcrédito produtivo rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carneiro Filho, João
Orientador(a): Souza, Marcelino de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/96703
Resumo: O estudo tenta investigar quais são as fontes de privações que impedem a expansão das liberdades dos agricultores familiares no semiárido norte-mineiro e se a presença do Microcrédito Produtivo Rural (o Agroamigo) e dos Programas de Formação e Mobilização para a Convivência com o Semiárido: Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC/P1 +2) apresenta alguma eficácia com vistas à redução dos níveis de privações destes agricultores. A hipótese central que guia o itinerário deste trabalho tenta confirmar que as políticas e programas voltados para a região do semiárido norte-mineiro, mesmo que articulados, ainda são insuficientes para causar grandes efeitos na agricultura familiar. O que se observa também é a falta, por parte dos agricultores, de uma formação contextualizada para conviver com o semiárido por meio da adoção de tecnologias apropriadas e de estratégias para o enfrentamento à seca. O estudo demandou como aportes teóricos o pensamento crítico do semiárido e a abordagem das capacitações com a finalidade de explicar a realidade da base empírica. Para tanto, foram coletadas 92 amostras em seis comunidades rurais no município de Januária/MG, cujos dados foram operacionalizados e, posteriormente, analisados com base na abordagem das capacitações. A construção do Índice de Liberdade do Agricultor Familiar no Semiárido Norte-Mineiro (ILAF-SAM) deu suporte para mensurar os níveis de privações identificadas nos grupos de funcionamentos de cada liberdade instrumental. Os resultados revelaram ILAF-SAM muito baixo (0,387) na liberdade “A formação contextualizada e a convivência com o semiárido norte-mineiro”, enquadrando-se no nível extremamente alto de privação de liberdade para os agricultores conviverem com o fenômeno da seca. As oportunidades sociais (ILAF-SAM = 0,599), as facilidades econômicas (ILAF-SAM = 0,598), a segurança protetora (ILAF = 0,502) e as garantias de transparência (ILAF-SAM = 0,640), compuseram as principais fontes de privações que cerceiam os agricultores de ampliarem as suas liberdades. Observou-se também fraca articulação entre os programas de convivência e o Microcrédito Produtivo Rural a fim de reduzir as fontes de privações dos agricultores familiares. Mesmo assim, os resultados encontrados em algumas variáveis, isoladamente, foram relevantes no sentido de complementar este estudo e abrir novas perspectivas de pesquisas no semiárido norte-mineiro.