Pobreza e vulnerabilidade de agricultores familiares de Santo Cristo/RS : uma análise da seca a partir da abordagem das capacitações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Costa, Ana Monteiro
Orientador(a): Waquil, Paulo Dabdab
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/7982
Resumo: A noção de desenvolvimento rural aqui apresentada tem como fundamento a Abordagem das Capacitações, proposta por Amartya Sen. O desenvolvimento é ético e multidimensional, e envolve a necessidade de se enfrentar a pobreza e a vulnerabilidade. A pobreza é tida como a falta de liberdade para as pessoas levarem a vida que julgam ser a melhor. A vulnerabilidade é uma situação sócio-econômica na qual a pessoa está piorando a sua situação de bem-estar e tende a acentuar isto mediante um fator exógeno. A pobreza e a vulnerabilidade estão próximas, mas não são a mesma coisa: a vulnerabilidade está no limiar da pobreza, assim a pessoa que está mais vulnerável tende a ficar pobre, ou se já é, pode ter sua pobreza intensificada. Como fator exógeno que tende a aumentar a vulnerabilidade e a pobreza foi estudado o caso da seca no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, mais propriamente no município de Santo Cristo. A seca é um fenômeno sócio-econômico que começa em uma situação prévia de vulnerabilidade, já vivida pelas pessoas, e que tende a acentuar a pobreza e a vulnerabilidade com a estiagem e suas decorrentes conseqüências. Para dar conta da multidimensionalidade e complexidade desses fatores, sua análise foi feita a partir da Abordagem das Capacitações, que vai contra a abordagem econômica tradicional e resgata a diferença entre meios e fins. Foram aplicados, in loco, questionários com agricultores familiares do município, elaborados a partir das referências bibliográficas. Temse que, em razão da degradação ambiental, a seca afeta os intitulamentos e os funcionamentos das pessoas. Assim, a seca não é um fenômeno ambiental isolado e sim um fenômeno sócioeconômico, que envolve a vulnerabilidade e a pobreza como fatores desencadeadores. Propõese, então, que a análise de desenvolvimento rural considere a vulnerabilidade a pobreza da região como premissa para obter desenvolvimento.