Fios e tramas : entre paradas livres e movimentos pela diversidade sexual da cidade de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Valle, Mauricio Nardi
Orientador(a): Machado, Paula Sandrine
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213178
Resumo: A presente dissertação versa sobre as Paradas Livres da cidade de Porto Alegre, com especial ênfase em sua décima nona edição. As Paradas Livres são eventos de mobilização urbana que, desde 1997, levam milhares de pessoas a ocuparem um dos espaços de maior circulação da cidade, o Parque da Redenção. Representando o momento de maior visibilidade para a comunidade LGBTT local e uma das principais estratégias de mobilização política propostas pelos movimentos sociais de Porto Alegre, as Paradas Livres são resultado de intricados processos de articulação, negociação e disputa. Aliando os recursos da pesquisa acadêmica à minha experiência em organizações de militância LGBTT, busquei investigar tais processos através do levantamento histórico, de entrevistas com militantes e da participação nas reuniões do Coletivo de Organização da Parada Livre de 2015. Metodologicamente, tomei como bases o método da cartografia, as análises genealógicas de Foucault e a escrita histórica de Paul Veyne. Através deste estudo, objetivei visibilizar os meandros da ação coletiva que resultam na realização da Parada Livre, colocando em cena o esforço de sujeitos engajados na transformação social o no enfrentamento a regimes de violência e opressão. Tais esforços se mostraram capazes de construir um espaço democrático onde segmentos marginalizados da sociedade podem aparecer em liberdade, tomando parte na construção de uma celebração que remete a um extenso lastro de lutas políticas e sociais.