Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ferrari, Andressa Chrischner |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18267
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Resumo: |
O movimento social de minorias sexuais e de gênero no Brasil surge na década de 70 e em 1997 ocorre a primeira Parada do Orgulho LGBT+ da cidade de São Paulo. A Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ é um fenômeno social que surge como instrumento de visibilidade e luta política das minorias sexuais e de gênero e ocorre em várias cidades do país. Em 2004, a Parada da cidade de São Paulo atingiu recorde de público, reuniu aproximadamente 1,8 milhões de pessoas e foi considerada a maior do mundo. Fenômenos culturais como os movimentos sociais e seus eventos podem ser estudados por analistas do comportamento por meio de ferramentas conceituais como a metacontingência. Não foi encontrado na literatura da Ciência Culturo-comportamental estudos referentes às minorias sexuais e de gênero. O objetivo geral do presente estudo foi realizar uma análise culturo-comportamental das Paradas do Orgulho LGBT+ de São Paulo. Os objetivos específicos foram: caracterizar a Parada do Orgulho LBGT+ da cidade de São Paulo; descrever as práticas culturais relacionadas às Paradas, a partir dos conceitos da Ciência Culturo-comportamental, por meio da sistematização e categorização de reportagens da Folha de São Paulo; identificar as possíveis relações entre as práticas culturais relacionadas às paradas e o contexto sócio-histórico vigente (cultural milieu); identificar as possíveis relações entre as paradas e avanços em direitos humanos para LGBTQIAPN+. Trata-se de uma pesquisa de natureza documental em que as fontes são: sites oficiais da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT) e reportagens publicadas no jornal Folha de São Paulo, entre 1997 e 2021, que noticiam práticas culturais referentes ao evento. Para tratamento e análise dos dados, as reportagens foram sistematizadas e categorizadas em: Evento, Outros Eventos, Agências de Controle, Práticas LGBTfóbicas e Práticas pró-LGBTQIAPN+. A mesma reportagem poderia se enquadrar em mais de uma categoria. A partir de alguns dados foi possível construir gráficos ou tabelas (e.g., quantidade de público, dados de policiamento, entre outros). Para descrição das práticas a partir dos conceitos da Ciência culturo-comportamental foram elaboradas representações gráficas das contingências comportamentais entrelaçadas, produto agregado e eventos ambientais selecionadores. O cultural milieu também foi uma variável considerada e representada na maioria das figuras. Os dados referentes a quantidade de reportagens foram analisados por meio de gráficos. Resultados mostram que o período de 2005 a 2013 concentra o maior número de publicações e ocorre um declínio considerável a partir de 2015. Na maioria dos anos, o número de publicações foi maior no dia do evento, com poucas exceções. Práticas culturais de financiamento mudaram no período analisado. As agências governamental e religiosa participaram das paradas. O Governo esteve presente por meio de organizações municipais (trânsito e segurança), estaduais e federais (secretarias: cultural, turismo). A agência religiosa foi contexto para escolha de temas e para críticas nas manifestações. Há uma rede complexa de metacontingências que gera as paradas como produto agregado. Mudanças no cultural milieu, como a pandemia de Covid-19 em 2020 e 2021, exigiram adaptações significativas na organização desses eventos |