Controle ambiental da resinose em Pinus elliottii Engelm. e seleção de indivíduos superresinosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Neis, Franciele Antônia
Orientador(a): Fett Neto, Arthur Germano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/193952
Resumo: A exsudação de resina (uma complexa mistura de mono, sesqui e diterpenos) após um ferimento é uma resposta de defesa típica em Pinus elliottii. Esta mistura complexa de terpenos encontra inúmeras aplicações industriais, incluindo aromas, fragrâncias, produtos farmacêuticos, tintas, adesivos, polímeros, solventes, etc. Para estimular o fluxo de resina, é aplicada uma pasta na superfície da ferida, que é repetida a cada quinze dias, expondo a interface entre o xilema secundário e o floema. A resina é sintetizada pelas células epiteliais e armazenada em estruturas secretoras (canais de resina), que são ativados pelo ferimento e pela aplicação, sobre a estria, de uma pasta estimuladora. Otimizar o rendimento da resina permite a utilização sustentada de produtos florestais de alto valor, que podem ser explorados nas plantações de Pinus elliottii durante vários anos ininterruptamente. Neste trabalho, foi realizada a investigação do rendimento de resina de árvores plantadas ou regeneradas do banco de sementes tratadas com diferentes adjuvantes químicos atuantes em diferentes mecanismos (cofatores metálicos de monoterpeno sintases, ácido benzoico e reguladores de crescimento de plantas), isolados ou em combinação, visando avaliar a existência de interações entre os mesmos e minimizar a necessidade de precursores de etileno (ethrel) na pasta indutora. A pasta com ethrel estimulou produção de resina em todas as estações. As pastas baseadas em ácido benzoico também tiveram essa capacidade, especialmente na primavera e no verão. Florestas plantadas ou regeneradas tiveram a mesma produção de resina. Foi também validado um método simples de avaliação de capacidade de resinose baseado na cinética volumétrica de liberação de resina em um período de 4h após punção do tronco para identificação de indivíduos elite para resinagem. Em paralelo, análises químicas de terebintina revelaram maiores razões de beta/alfa pineno em árvores de elevada produção de resina. Além disso, a estrutura dos canais resiníferos foi investigada por varreduras de microtomografia de raio-X em árvores de fenótipos de produção de resina distintos. As análises de estrutura de canais mostraram que o número e diâmetro de canais secretores, bem como a ocorrência de canais anastomosados foram significativamente maiores nas árvores de alto rendimento, indicando expressiva correlação entre aspectos anatômicos dos canais com o fenótipo de resinose.