Seleção de biocorantes de fungos filamentosos para tingimento de couro e cultivo submerso de M. purpureus com substrato de pelo hidrolisado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fuck, Wagner Fernando
Orientador(a): Gutterres, Mariliz, Brandelli, Adriano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188198
Resumo: A crescente restrição ao uso de certos corantes artificiais perigosos na fabricação de bens de consumo é um complexo desafio à indústria coureira que busca opções seguras à saúde humana, ambientalmente corretas, viáveis economicamente e que garantam as características exigidas ao artigo tingido. A maioria dos corantes naturais com potencial para utilização industrial é de fonte vegetal que requer grandes áreas de plantio e longo tempo de cultivo. Além disso, sabe-se que as características de tonalidade e estabilidade da cor à ação de fatores como luz e calor, bem como o custo e rendimento de produção são geralmente limitantes para a aplicação em couro. O obtivo deste trabalho é selecionar biocorantes produzidos por fungos filamentosos para tingimento de couro e desenvolver um substrato de pelo hidrolisado para produção de biocorante por cultivo submerso de M. purpureus. Para tanto, foram selecionados nove fungos filamentosos, os quais foram reativados em placas de Petri e incubados para cultivo submerso em meio aquoso com batata dextrose. Os biocorantes produzidos foram extraídos por filtração e concentrados em evaporador rotatório a vácuo a 2% de sólidos totais. As caracterizações dos biocorantes e da produtividade foram determinadas por colorimetria, espectroscopia de infravermelho (FTIR) e ultravioleta visível (UV-vis). O tingimento de couro foi realizado em escalas de laboratório e piloto e a estabilidade de cor das amostras tingidas foi analisada de acordo com a escala de cinzas. Dentre os biocorantes selecionados, o extrato de M. purpureus apresentou a maior produtividade e foi eficiente no tingimento do couro, apresentando bom poder de cobertura, penetração e boa propriedade de estabilidade de cor, exceto sob ação de luz UV. A melhor condição adotada para tingimento em escala piloto, com absorção superior a 94 % de corante pelo couro, foi com uma etapa de adição de biocorante a temperatura ambiente, ajuste da desacidulação pH 5,0, fixação com ácido fórmico e uso de auxiliar de tingimento. Ainda, a hidrólise de pelo bovino com HCl 6 N por 24 h a 60 °C e ajuste de pH a 6,5 com NaOH 6 N demonstrou ser um procedimento eficiente para preparação de substrato para cultivo submerso, resultando em maior produção de biocorante de M. purpureus do que os substratos comerciais de Dextrose e Batata Dextrose.