Avaliação post mortem de lesões meniscais em cães com ligamento cruzado cranial íntegro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Mariana de Jesus de
Orientador(a): Ferreira, Márcio Poletto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196830
Resumo: Lesão meniscal em cães é uma importante causa de dor no joelho e de claudicação. Geralmente está associada à ruptura do ligamento cruzado cranial, e predispõe ao desenvolvimento de osteoartrite. Para avaliação macroscópica das lesões meniscais e de defeitos de cartilagem, pode-se utilizar a tinta indiana. Este estudo teve o objetivo de avaliar a ocorrência e frequência de lesões em meniscos mediais e laterais de cães com ligamento cruzado cranial íntegro, correlacionando com o ângulo do platô tibial e com a presença de lesão em côndilos femorais e tibiais. Também teve o objetivo de validar a técnica de coloração com tinta indiana para avaliação de lesão meniscal em cães. Foram utilizados neste estudo 192 membros pélvicos de cadáveres de cães adultos, sendo realizado exame radiográfico dos mesmos na projeção mediolateral para mensuração do ângulo do platô tibial. Posteriormente, foi realizada a abertura da articulação e os meniscos e côndilos femorais e tibiais foram corados com uma diluição de tinta indiana a 20%. As lesões foram medidas em milímetros com paquímetro digital e classificadas. Foram encontradas lesões em 29 meniscos mediais (15,1%) e 28 meniscos laterais (14,6%) em cães com ligamento cruzado cranial íntegro, sendo que 12 membros (6,3%) possuíam lesão em ambos os meniscos. Em 52 côndilos femorais mediais e 46 côndilos femorais laterais a tinta indiana destacou lesões na cartilagem de membros com ligamento cruzado cranial íntegro, assim como em 94 côndilos tibiais mediais e 63 côndilos tibiais laterais. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias de ângulo do platô tibial dos membros com e sem lesão de menisco, tanto lateral quanto medial, e parece não haver ponto de corte de ângulo do platô tibial que separe membros com maior ou menor probabilidade de lesão nos meniscos. Meniscos lesionados tiveram significativa associação com a presença de lesões nos côndilos femoral (medial e lateral) e tibial (medial e lateral). Quando comparadas as diferentes categorias de lesão meniscal (normal, mínima fibrilação e fibrilação moderada ou mais graves) com o tamanho da lesão em côndilos não houve diferenças estatisticamente significativas, tanto para o menisco medial como para o menisco lateral. Conclui-se que a presença de lesão meniscal em cães com ligamento cruzado cranial íntegro deve ser considerada como diagnóstico diferencial para doenças do joelho, que o ângulo do platô tibial não foi fator predisponente para a presença de lesão meniscal, e que a coloração com tinta indiana foi eficaz para avaliação macroscópica de lesões nos meniscos e côndilos femorais e tibiais.