Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Lora, Priscila Schmidt |
Orientador(a): |
Xavier, Ricardo Machado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/15559
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Resumo: |
Nas doenças difusas do tecido conjuntivo (DDTC) uma característica marcante é a produção de auto-anticorpos, com alta afinidade contra constituintes intracelulares e extracelulares, fazendo com que esses sejam marcadores específicos dessas doenças. No entanto, estes auto-anticorpos somente possuem significado clínico quando estão associados a outras manifestações de doença. A pesquisa de auto-anticorpos contra antígenos nucleares extraíveis (anti-ENA) é usada para identificação de um grupo desses auto-anticorpos que inclui o anti-SSA/Ro, anti-SSB/La, anti-RNP, anti-Sm e o anti-Scl-70. Os anti-ENAs podem ser detectados por diversos métodos, como contra-imunoeletroforese (CIE), western blot (WB), imunodifusão radial dupla (IDD), enzimaimunoensaio (ELISA) e hemaglutinação passiva (HA). Entretanto existe importante variabilidade nos resultados observados entre essas técnicas, pois elas divergem em sensibilidade e especificidade, e são escassos os estudos comparativos abordando o desempenho diagnóstico em DDTC. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o desempenho diagnóstico dos métodos ELISA, HA e IDD na determinação de auto-anticorpos anti-ENA em DDTC. Em pacientes acompanhados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) com solicitação de pesquisa da presença de anti-ENA encaminhada ao Serviço da Patologia Clínica (SPC/HCPA), foi determinada a presença ou ausência dos auto-anticorpos pelos métodos de HA, ELISA e IDD. Foram calculados os parâmetros: sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo, razão de verossimilhança positiva e negativa utilizando a presença ou ausência de DDTC como referência. O diagnóstico de uma DDTC era determinado por critérios diagnósticos específicos a partir da revisão do prontuário dos pacientes, realizada num período de 6 a 12 meses após solicitação do exame por um reumatologista cegado aos objetivos do estudo. Foram incluídas como DDTC: lúpus eritematoso sistêmico (LES), esclerose sistêmica (ES), síndrome de Sjögren primária (SSp), dermatomiosite (DM), polimiosite (PM), atrite reumatóide (AR) e doença indiferenciada do tecido conjuntivo (DITC). Encontrou-se uma alta prevalência de DDTC na amostra (69%), o que sugere boa adequação da solicitação do exame. O diagnóstico mais comum na amostra foi de LES 78/189 (41.3%). Sensibilidade e especificidade das técnicas para a presença de DDTC foram: ELISA 50% e 78,9%; IDD 31,3% e 89,5%; HA 40,9% e 87,7%. Os valores preditivo positivos foram: HA - 88,5%; IDD - 87,2% e ELISA - 84,6%. Os valores preditivo negativos foram: ELISA - 40,5%; HA - 39,1% e IDD - 36,2%. HA teve a razão de verossimilhança positiva mais alta 3,33 e ELISA teve a razão de verossimilhança negativa mais baixa 0,76. IDD, como esperado, teve menor sensibilidade para detectar DDTC, ao contrário da ELISA (mais sensível). Baseado resultados semelhantes dos valores preditivos (positivo e negativo), nós acreditamos que, ao menos em uma moderada a alta probabilidade pré-teste, que é a recomendada para solicitar esse teste, não há diferença significativa na interpretação do resultado dentre os métodos estudados. |