Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bursztejn, Sara |
Orientador(a): |
Benetti, Antônio Domingues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271905
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Resumo: |
O emprego crescente de agrotóxicos em atividades agrícolas gera preocupação quanto à presença desses compostos nos mananciais. Se forem detectados nas captações, possivelmente estarão presentes nos sistemas de distribuição de água tratada. Os processos de tratamento de água da maioria das cidades brasileiras têm limitada capacidade de remover agrotóxicos. Um dos instrumentos para avaliar se há contaminação e promover políticas públicas voltadas à preservação da saúde humana é o monitoramento da qualidade das águas. Contudo, o monitoramento representativo dos agrotóxicos é um desafio. A presença de agrotóxicos nos mananciais é influenciada por diversos fatores, tais como a precipitação, a umidade do solo, as características químicas dos compostos e o grau de antropização da bacia hidrográfica. Outro desafio é estabelecer o período adequado para a coleta das amostras, dada à complexidade do comportamento dos agrotóxicos no meio ambiente. A maioria dos países desenvolvidos controla regularmente os principais agrotóxicos. As diretivas internacionais planejam o monitoramento, avaliando se já houve detecção na água, qual o comportamento ambiental dos ingredientes ativos e quais os riscos para a saúde humana e o meio ambiente. A frequência adotada em função destes critérios não é uniforme para os diferentes compostos. A Portaria n.º 888/2021, que regulamenta a qualidade da água no Brasil, define uma frequência semestral para 40 agrotóxicos, que deve ser aplicada a todos os sistemas de abastecimento de água. Porém, a base de dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – SISÁGUA do Ministério da Saúde demonstra que esta exigência não é atendida. Também, observa-se uma baixa frequência de detecção de agrotóxicos na água, considerando o seu elevado consumo no Brasil. Para fundamentar esta avaliação foram identificados os locais que empregam os ingredientes ativos mais comercializados no país. Constataram-se diferenças significativas nas classes e quantidades utilizadas entre os Estados. A partir dessas verificações foi desenvolvido um método de monitoramento escalonado para elaboração de planos de monitoramento de agrotóxicos. A metodologia emprega a análise multicritério para selecionar um conjunto de municípios cujos sistemas de abastecimento de água serão monitorados, conforme uma distribuição mensal escalonada, ao longo dos dois semestres do ano. Dessa maneira, é possível obter 12 amostras por parâmetro neste período. Após as avaliações iniciais, são elaboradas recomendações para dar prioridade aos agrotóxicos que devem permanecer no programa de monitoramento, bem como às frequências das coletas. Além de otimizar custos, essas avaliações anuais permitem que os formuladores de políticas estabeleçam as melhores ações para minimizar a presença de agrotóxicos em águas destinadas ao consumo humano. |