Cooperativismo, modelo de desenvolvimento sustentável : uma contribuição fundamentada nos princípios ESG para cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Krug, Andrea Urack
Orientador(a): Padula, Antonio Domingos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
ODS
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264381
Resumo: O cooperativismo é um modelo que propicia aos cooperados e a comunidade a oportunidade de melhorar as condições de vida, baseado em pilares ambientais, sociais e de governança com foco nos princípios cooperativos, levando em conta o desempenho econômico, contribuindo para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e construindo um melhor presente e futuro para as próximas gerações. Este é um estudo exploratório realizado com o universo das cooperativas que compõem os Sistemas Ocergs/Sescoop, Fecovinho, Fecolã, Unicafes, Fecoagro, Fearroz que totalizam 96 cooperativas agropecuárias gaúchas. Destas, 89 cooperativas responderam ao questionário de out/2022 a jan/2023, representando 92,71% do todo. O objetivo geral da pesquisa foi analisar as práticas de sustentabilidade ESG e suas relações com as diferentes medidas de desempenho das cooperativas agropecuárias do RS. O primeiro objetivo específico proporcionou identificar e caracterizar que as práticas ESG apresentaram média aritmética mais elevada, juntamente com os ODS em comparação aos princípios e ao desempenho econômico. As principais práticas das dimensões ESG são: manter boa relação com órgãos dos governos (0,96) (governança); respeitar a idade mínima do trabalho (0,94) (social); cumprir a legislação ambiental (0,88) (ambiental). O segundo objetivo específico possibilitou verificar e mensurar como as práticas das dimensões ESG se relacionam com o desempenho econômico, os princípios cooperativistas e com os ODS. Assim, as mais altas correlações da pesquisa ocorreu entre as variáveis ESG, bem como entre a dimensão ambiental x ODS. É importante ressaltar que todas as correlações são positivas entre todas as dimensões, resultado relevante. O terceiro objetivo específico oportunizou a análise e aferição de como as práticas entre as dimensões de desempenho econômico, princípios cooperativistas e ODS se relacionam. As correlações foram baixas, embora positivas, na seguinte ordem decrescente: princípios cooperativistas x ODS; princípios cooperativistas x econômico; e econômico x ODS. Sendo assim, todos os objetivos foram atingidos de forma satisfatória. Em resumo, os resultados da pesquisa permitem afirmar que as cooperativas agropecuárias gaúchas adotam práticas de governança (0,60), sociais (0,59) e ambientais (0,51), com destaque para ações voltadas para a governança e o social que apresentaram maior média aritmética, o que mostra que ainda há espaço para mais práticas. Conclui-se que as cooperativas têm práticas em todas as dimensões. Houve uma boa adesão das cooperativas ao estudo e a grata surpresa de identificar que uma das cooperativas em apenas uma dimensão (ODS) não tem nenhuma prática. O restante das cooperativas agropecuárias gaúchas que responderam à dimensão, todas adotam uma ou mais práticas. Esta tese deixa como legado a valorosa contribuição de contar com quase a totalidade das cooperativas agropecuárias do RS, ramo este que tem muitas restrições a pesquisa dentro da cooperativa; além disso contou com um questionário amplo, abrangendo muitas questões (143); e inovou na metodologia utilizada, através de um questionário nominal transformado em escala numérica. Apesar das boas práticas já existentes nas cooperativas gaúchas do ramo agropecuário, constatou-se ainda que existe necessidade de implementar mais práticas de sustentabilidade ESG.