Atividade física medida objetivamente nos primeiros dois anos após o parto em mulheres com diabetes gestacional : estudo LINDA-Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Jaime Feiden da
Orientador(a): Schmidt, Maria Inês
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265097
Resumo: Introdução: Há poucos estudos que descrevem a atividade física (AF) no período pós-parto com medidas objetivas, especialmente em mulheres com diabetes mellitus gestacional (DMG) recente. Conhecer seu nível de AF após o parto pode orientar a realização de práticas saudáveis de atividade física e a avaliação dos resultados obtidos. Objetivos: Descrever os níveis de atividade física moderada e vigorosa (AFMV) medidos objetivamente e sua associação com características sociodemográficas e pré-natais em participantes do estudo LINDA-Brasil. Métodos: Mulheres com 18 anos ou mais que apresentaram DMG e se encontravam até dois anos após o parto foram selecionadas para o estudo. Um acelerômetro (wGT3x, ActiGraph, Pensacola - Florida, USA) foi usado na cintura abdominal por 7 dias. Características sociodemográficas e perinatais foram aferidas por questionário e medidas antropométricas foram obtidas segundo protocolos estabelecidos. A versão longa do questionário IPAQ foi aplicada utilizando apenas a dimensão de lazer. Para análise estabeleceu-se um mínimo de quatro dias de uso do acelerômetro para inclusão dos registros e a AFMV foi avaliada considerando (ou não) sua realização em sessões mínimas de 10 min. Resultados: A amostra foi constituída de 391 mulheres com idade média foi de 34 anos (±5,86 anos), IMC pós gestação de 30,4 kg/m e mediana do tempo desde o parto de 7,3 (IIQ 1.30, 31,7) meses. A média de tempo despendida em AFMV estimada pelo acelerômetro foi de 246 (SD 148) minutos/semana, mas de 49,3 (71,1) minutos/semana considerando apenas sessões mínimas de 10 minutos. O tempo médio gasto em AFMV no lazer, aferido pelo IPAQ, foi de 12,9 (70,9) minutos/semana. Mulheres brancas tinham tempos de AFMV ligeiramente menores que pardas e pretas, e aquelas com ensino superior, menores que as demais. Conclusão: A elevada média semanal de AFMV no período pós-parto de mulheres com DMG recente estimada por acelerômetro contrasta com a baixa média aferida por questionário em sessões mínimas de 10 minutos no lazer. A discrepância sugere que as AFMV aferidas pelo acelerômetro ocorram predominantemente em sessões menores de 10 minutos, por trabalho doméstico e deslocamentos relacionados. Intervenções e políticas públicas que promovam a prática da AF após o parto devem estimular sua realização no lazer, se possível, com o bebê.