Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Matos, Douglas Nuernberg de |
Orientador(a): |
Rates, Stela Maris Kuze |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/150045
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Resumo: |
Introdução: O aumento no consumo de plantas medicinais ao redor do mundo é notável e a maioria dos pacientes não revela o uso destes aos profissionais de saúde nas consultas. Este cenário é favorável a eventos adversos, pois as plantas podem apresentar efeitos indesejados no perioperatório e se envolver em interações que podem resultar em aumento de sangramento, depressão excessiva do sistema nervoso central, hipotensão, toxicidade e outros. Objetivos: Estimar a prevalência do uso de produtos à base de plantas; Verificar a prevalência da identificação do uso destes produtos por parte dos profissionais de saúde, antes do início da cirurgia; Identificar se estes produtos possuem risco potencial de influenciar complicações relacionadas aos sistemas cardiovascular e nervoso central, no período perioperatório. Material e Métodos: Estudo transversal em um hospital Porto Alegre, RS. Cem pacientes foram entrevistados imediatamente antes da cirurgia por pessoal treinado, utilizando um roteiro validado. Resultados e Discussão: A prevalência de uso pelos pacientes foi de 87,8% (n=86/98). Quando considerou-se apenas os últimos 14 dias, a prevalência foi de 75,3% (n=55/73), valores superiores aos relatados em outros trabalhos. Observou-se, nos 14 dias que antecederam a cirurgia, 38,5% (n=37/96) dos pacientes usaram mais de uma planta concomitantemente (média=2,6, DP 2,7) por paciente. Também, 63,5% (n=61/96) usaram concomitantemente plantas e medicamentos. O potencial risco perioperatório foi avaliado para os 31 nomes populares com mais de uma citação de uso nas duas semanas que antecederam a cirurgia. Destes, para 13 foram encontradas potencial influência ou no SNC, ou relacionado ao sangue ou efeito cardiovascular. A maioria dos pacientes (94%, n=78/83) não informaram ao profissional de saúde sobre o uso de plantas e nenhum paciente foi questionado sobre, corroborando dados encontrados em outros trabalhos. Conclusão: A prevalência foi maior do que as encontradas na literatura. Pode-se inferir que a maioria dos pacientes estava sob o risco de intercorrências relacionadas ao uso de plantas medicinais. Ainda que as plantas medicinais citadas pelos pacientes apresentem potencial risco perioperatório, os profissionais não têm ciência do uso destas pelos pacientes. |