A dinâmica do emprego na indústria de alimentos no Brasil : uma análise a partir da estrutura e da conjuntura macroeconômica (2002-2011)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Leonardi, Alex
Orientador(a): Waquil, Paulo Dabdab
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/76082
Resumo: No final do século passado ocorreram transformações significativas no cenário econômico internacional, iniciando uma nova configuração das relações entre países e regiões. O Brasil, que já era um dos principais atores no que se refere à produção e comércio de produtos agropecuários, consideradas suas vantagens ligadas aos recursos naturais, passa a ganhar maior importância, dadas as melhorias de um ambiente econômico estabilizado, ainda impulsionado pelo crescimento e desenvolvimento de países emergentes. Dentro desse cenário, “nasce” a crise econômica nos Estados Unidos em fins de 2008, que leva à contração do crédito e a queda da produção industrial e do comércio internacional. Então, a expansão e busca por mercados (interno e externo), juntamente com um processo de agregação de valor aos produtos da agropecuária que contribuem para o crescimento e desenvolvimento do país, pode encontrar na indústria de alimentos o caminho mais curto para esse objetivo. Diante desse contexto, se faz necessária a análise dos fatores e elementos que apresentam efeitos sobre a atividade produtiva dessa indústria. Essa análise pode ser feita a partir da observação do comportamento da indústria alimentícia, através das alterações na estrutura em que está inserida e em que sentido as variações na conjuntura macroeconômica, ao longo do tempo, também afetam sua atividade. Para isso, o emprego é o indicador da atividade econômica no qual é possível verificar as respostas aos impactos das mudanças e variações observadas na sua estrutura e conjuntura macroeconômica. Considerando a disponibilidade de informações e a composição do cenário, o período entre 2002 e 2011 se constituiu como o mais adequado para o estudo. Então, partindo desses aspectos, o referencial teórico e a revisão bibliográfica indicaram para análise do emprego, entre os fatores estruturais, a sazonalidade, a distribuição regional e o tamanho das empresas que fazem parte dessa indústria. Indicou ainda, para análise dos fatores conjunturais, um grupo de variáveis macroeconômicas composto por juros, renda, inflação, câmbio e exportações, como elementos que poderiam apresentar efeitos sobre o emprego e, consequentemente, sobre a atividade econômica da indústria de alimentos. Dessa forma, se definiu como objetivos, identificar mudanças na distribuição regional das empresas e do emprego por região do país; analisar a relação do emprego com a variação da quantidade e tamanho das empresas; verificar o efeito da sazonalidade sobre o emprego dessa indústria; e, analisar o efeito que cada uma e o conjunto das variáveis que compõem a conjuntura macroeconômica exercem sobre o emprego na indústria de alimentos. Para isso, se utilizou da análise descritiva de gráficos e tabelas relativas aos dados de estrutura, tamanho e distribuição regional e sazonalidade, e, também, da análise econométrica, através da regressão linear múltipla, para identificar os efeitos das variáveis conjunturais sobre o emprego na indústria de alimentos. Como principais resultados encontrados estão o crescimento mais significativo do emprego no período anterior a crise internacional e o crescimento maior do emprego nas regiões Norte e Centro Oeste do que nas demais, indicando uma desconcentração regional; o aumento do emprego, em geral, foi maior nas grandes e pequenas empresas, e as que mais aumentaram sua participação no emprego foram as grandes e médias, dado pelo aumento da média de empregados por empresa; a sazonalidade indicou que o emprego apresenta comportamento regular e sistemático, acompanhado da sazonalidade da produção da matéria-prima de origem da agropecuária. Por fim, a análise da relação do emprego com a conjuntura mostrou que o conjunto das variáveis utilizadas no modelo explica 20,8% desse emprego e todas as variáveis independentes apresentaram o sinal esperado, corroborando com o referencial teórico.