“O fim quem dá são as crianças, e, às vezes, não tem fim” : concepções e práticas democráticas na Educação Infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Canavieira, Fabiana Oliveira
Orientador(a): Barbosa, Maria Carmen Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/248502
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo apreender como a Educação Infantil em âmbito municipal opera concepções e práticas democráticas para garantir o exercício da cidadania ativa das crianças pequenas. Além disso, busquei investigar como o campo da Educação Infantil tem apresentado e debatido os temas referentes à democracia e seus princípios, como também, problematizar as discussões acerca da participação infantil relacionando o debate ao âmbito da cidadania e ação política das crianças pequenas. A investigação evidencia concepções e práticas políticopedagógicas democráticas desenvolvidas na rede municipal de educação da cidade de São Paulo – SP, campo da pesquisa empírica, durante as três administrações municipais do Partido dos Trabalhadores, da Prefeita Luiza Erundina (1989 – 1991), da Prefeita Marta Suplicy (2001 – 2004) e do Prefeito Fernando Haddad (2013 – 2016). A pesquisa foi desenvolvida por via da Bricolagem teórico-metodológica (KINCHELOE; BERRY, 2007), com base em uma epistemologia pluralista e multireferencial. Para produção e análise de dados utilizei das metodologias da Entrevista Compreensiva (KAUFMANN, 2013) e da abordagem do Ciclo de Políticas (BALL; MAINARDES, 2018). Entrevistei educadoras da Educação Infantil que compõem o quadro da rede municipal há muitos anos, assim como Ex-Secretária e Ex-Secretário Municipal de Educação analisando suas concepções e práticas educativas democráticas na/para a Educação Infantil. Também analisei a política oficial por via dos documentos, programas e projetos da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, com foco na política democrática direcionada à Educação Infantil. Faço o exercício teórico de estabelecer pontes entre os estudos sobre as teorias democráticas, a própria Democracia, seus princípios e o campo dos estudos da educação da pequena infância. Minha defesa é que a Educação Infantil pode ser um espaço privilegiado de vivência democrática das crianças, onde elas exerçam diferentes tipos de ação política. Visei contribuir com uma educação verdadeiramente democrática que se inicie na creche, e que tenha toda a Educação Infantil como um lócus privilegiado. Esta pesquisa não apresenta conclusões, nem fechamentos, se opõe ao ódio à democracia e sua a domesticação, e considera quão potente pode ser uma política educacional com intencionalidade democrática centrada no exercício da cidadania ativa das crianças.