Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cargnin, Monica |
Orientador(a): |
Fontoura, Luiz Fernando Mazzini |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/164720
|
Resumo: |
A presente investigação traz para a discussão a dinâmica das cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul e seu papel com o desenvolvimento socioeconômico dos locais onde atuam. Este trabalho tem como propósito principal analisar a atuação das cooperativas agropecuárias no Planalto gaúcho e sua relação com a cadeia produtiva da soja, verificando a continuidade da atividade delas, no recorte espacial estudado. Para compreender a dinâmica do cooperativismo agropecuário, a pesquisa foi estruturada tendo por base os seguintes objetivos: a) estudar a evolução da atividade cooperativa agropecuária no Rio Grande do Sul e sua continuidade no contexto atual; b) investigar as mudanças na atividade cooperativa do Planalto gaúcho após a inserção do agronegócio da soja; c) averiguar o ponto de inflexão da atividade cooperativa considerando os aspectos políticos e econômicos no Rio Grande do Sul; d) analisar as transformações socioeconômicas e espaciais ocorridas no Planalto gaúcho e qual o papel das cooperativas agropecuárias na estruturação da cadeia produtiva da soja, como a modernização agrícola, a infraestrutura e a comercialização. A escolha em desenvolver a pesquisa nessa região do RS deveu-se a três fatores: a) pela expressiva área destinada à lavoura de soja e por estar localizada nessa parte do estado; b) por ser a parte do RS em que é expressiva a atuação socioeconômica das cooperativas agropecuárias; c) pelo cooperativismo agropecuário ter surgido no Planalto gaúcho. A pesquisa fornece informações que fundamentam as hipóteses de que as cooperativas agropecuárias são os principais responsáveis por fornecer suporte ao desenvolvimento da cadeia produtiva da soja no planalto do Rio Grande do Sul e por apresentarem capacidade de armazenamento e garantirem os negócios da produção agrícola para seus associados. Além disso, a pesquisa confirma que na década de 1970 iniciaram-se as crises no cooperativismo agropecuário gaúcho, entretanto, foi na década de 1980 que essa atividade passou a desestruturar-se economicamente pela abertura ao mercado externo, favorecida pela globalização. Essa nova situação forçou as cooperativas agropecuárias a reorganizarem a forma de gerenciar e conduzirem a atividade frente à nova dinâmica do mercado. As cooperativas agropecuárias conquistaram seu espaço e reconhecimento de seu papel na cadeia produtiva da soja. Constatou-se que o cooperativismo agropecuário gaúcho se encontra em período de redefinição e retomada da atividade, após ter superado o período de maior instabilidade e endividamento nas décadas de 80 e 90. Além disso, as cooperativas agropecuárias fazem a intermediação entre as atividades desenvolvidas no espaço urbano e rural, sendo esse tipo de cooperativa considerada um indicador de desenvolvimento socioeconômico. |