Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Aline Basso da |
Orientador(a): |
Pinho, Leandro Barbosa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/95385
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Resumo: |
O principal objetivo deste estudo é analisar a concepção de território dos trabalhadores de um CAPS AD, buscando identificar as ações em saúde mental desenvolvidas para o usuário de crack no território e conhecer os desafios, as potencialidades e as dificuldades para o cuidado do usuário de crack no território. O referencial teórico-metodológico utilizado é o territóriorede de Marcelo Lopes de Souza, que se caracteriza como uma rede que articula dois ou mais territórios contínuos. Observa-se a superposição de vários territórios, com formas variadas e limites não coincidentes de diversos territórios, podendo haver diversas territorialidades que se complementam ou se contradizem, dando um caráter de diferentes relações de poder e movimento. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista aberta, realizada com oito profissionais que compõem a equipe de saúde mental do CAPS AD de Viamão/RS. Foi utilizada a análise temática para a análise dos dados. Os resultados apontam uma concepção de território dinâmica e complexa, que envolve, além do espaço geográfico, o espaço social dos usuários, o cotidiano, seus desejos e vivências. O território do uso do crack é apresentado para além do uso da substância e da dependência química, sendo um espaço rico de simbolismo, o lugar onde o usuário constrói sua identidade, suas escolhas e suas histórias de vida. Trata-se também de um território diverso e descontínuo, constituído por diferentes territórios: os serviços de saúde, a rede intersetorial, a rua, a casa e o espaço por onde o usuário transita. Esses territórios se complementam e se contradizem, e o desafio é a articulação entre eles, formando uma rede, uma teia complexa de relações. Tendo como norte os conceitos de território, são trabalhadas questões de gestão do cuidado no território, abordando o planejamento e a gestão do espaço geográfico. Observa-se a necessidade da territorialização para a efetivação de ações dos serviços substitutivos, bem como para a organização da rede intersetorial. Alguns trabalhadores apontam que, para cuidar no território, é preciso delimitá-lo e conhecê-lo, incorporando práticas direcionadas ao território de “uso” da população. Por fim, são abordadas estratégias de cuidado no território, como as equipes itinerantes, as visitas domiciliares, a clínica ampliada e o território de trabalho ser o mesmo da residência do profissional. Espera-se que este estudo possa trazer subsídios para repensar o cuidado no campo psicossocial, cuidado esse que vai além dos muros e das instituições, sendo refletido e organizado a partir do espaço em que as pessoas vivem. |