Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lanzoni, Pablo Alberto |
Orientador(a): |
Rossini, Miriam de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/151316
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Resumo: |
Esta tese concentra-se sobre o silêncio e o modo como ele catalisa atmosferas em um conjunto de filmes específicos, a partir do conceito de Stimmung, revisitado por Hans Ulrich Gumbrecht. O norte de pesquisa estabeleceu-se sobre a seguinte questão: como observar o silêncio e suas possíveis marcas na constituição de atmosferas na filmografia de Andrei Tarkovski? A interrogativa apresentada foi desdobrada em quatro capítulos, objetivando examinar as especificidades do silêncio nos exemplos observados, com vistas a ampliar sua definição para os estudos de cinema. No capítulo ‘O arcabouço teórico’, são apresentadas as proposições de Gumbrecht e as dicotomias pertinentes entre os efeitos de presença e os efeitos de sentido, em diálogo com os estudos das materialidades da comunicação, e o conceito de ‘atmosfera cinematográfica’, cunhado por Inês Gil (2005). Complementa a discussão a observação dos universos sonoros e imagéticos na sala de projeção e suas relações com o espectador. No capítulo ‘Um percurso marcado pelo silêncio’, faz-se o exame das distintas especificidades do silêncio, da linguagem para as artes e de sua multiplicidade na sala escura, através das diferentes experiências vivenciadas pelo público e que puderam ser recuperadas pela bibliografia especializada. Impulsionado por tais questões, chega-se ao termo ‘efeito-silêncio’, dado que as conformações aqui estudadas revelaram-se através da organização das sonoridades que criam uma impressão de silêncio, ou seja, efeitos-silêncio, como se primou por chamar tal configuração. Com as discussões teóricas explicitadas, o capítulo ‘Um ‘leve toque’ de Andrei Tarkovski’ apresenta um investimento sobre a produção cinematográfica do diretor, evidenciando os traços biográficos e o contexto de suas produções que auxiliaram na temática. No capítulo ‘O silêncio atmosférico em Andrei Tarkovski’, são dispostos dois eixos textuais, ‘interioridades’ e ‘exterioridades’, estratégia que auxilia a explicitar as articulações engendradas pelos efeitos-silêncio para a constituição de atmosferas em exemplos extraídos de A infância de Ivan (1962), Andrei Rublev (1966), Solaris (1972), O espelho (1975), Stalker (1979), Nostalgia (1983) e O sacrifício (1986), através de um olhar que admite a oscilação entre os efeitos de presença e a atribuição e a identificação de sentido no contato com os objetos comunicacionais. A discussão é encerrada nas ‘considerações finais’, em que se produz uma reflexão sobre as facetas do silêncio no âmbito cinematográfico e seu espaço no interior da filmografia de Andrei Tarkovski, a partir das questões ofertadas pela pesquisa. |