Características do ciclo estral e da dinâmica folicular em fêmeas muares (Equus mulus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lunelli, Diego
Orientador(a): Neves, Adriana Pires
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194565
Resumo: Muares não se reproduzem devido à incompatibilidade no número de cromossomos entre as espécies genitoras. Contudo, manifestam regularmente sinais de estro, apresentando provavelmente ciclos estrais normais, assim como as fêmeas das demais espécies. Desta forma, as fêmeas muares despertam interesse na área reprodutiva, principalmente na área da biotecnologia da reprodução como receptoras de embrião. Poucos estudos têm sido realizados procurando contribuir para o entendimento do comportamento reprodutivo e de alguns aspectos fisiológicos do ciclo estral da mula, como o estudo da dinâmica folicular durante o intervalo interovulatório, caracterizando as fases de emergência, desvio e dominância. Fato este que contribui para a utilização desta espécie em programas de transferência de embrião. Este estudo teve por objetivo elucidar características do ciclo estral e realizar a avaliação ultrassonográfica da dinâmica folicular durante o ciclo estral de fêmeas muares. Foram acompanhados ciclos estrais de três mulas para determinar o dia da ovulação (D0) e o início da onda folicular. O dia da emergência do futuro folículo ovulatório foi definido como o dia em que o mesmo atingisse 10 mm de tamanho. O início do desvio, caso acontecesse, foi designado como o dia anterior ao dia em que ocorresse uma mudança significativa entre o diâmetro dos dois maiores folículos associado ao não crescimento ou diminuição do tamanho do folículo subordinado. O diâmetro máximo do folículo ovulatório foi obtido no dia anterior ao da ovulação, e as taxas de crescimento definidas antes e após o desvio, nos casos em que fossem observados pelo menos dois folículos. A ecotextura do endométrio foi avaliada nas fases folicular e luteal. A fase de emergência surgiu aos 11,66 ± 2,8 dias e o desvio aos 3,66 ± 0,57 dias, ambas antes da ovulação. A taxa de crescimento folicular diária foi definida para ondas foliculares que tiveram apenas um folículo na fase de emergência; e também para aquelas que apresentaram dois e por consequência a fase de desvio. Para a primeira situação, a média dessa taxa foi de 3,1 ± 0,49 mm ao dia até o momento da ovulação. Já na segunda, a média da taxa de crescimento desde a fase de emergência até a fase de desvio foi de 3,27 ± 0,46 mm para o futuro folículo ovulatório e de 3,23 ± 0,67 mm para o folículo subordinado, o qual sofreu atresia. Após o desvio, o folículo ovulatório cresceu em média 3,67 ± 0,18 mm por dia até a ovulação. Um dia antes da ovulação, o folículo dominante atingiu a dimensão média de 37,24 ± 5,88 mm. A ecotextura variou de 0 a 1 (0 a 3) em fase luteal, e atingiu valores máximos em fase folicular. As mudanças anatômicas e comportamentais foram compatíveis com a fase do ciclo estral em que as fêmeas se encontravam. Conclui-se que as variáveis avaliadas se assemelham àquelas observadas em fêmeas equinas e asininas; porém, a baixa quantidade de oócitos ao nascimento.