Comportamento estral e ovariectomia laparoscópica em mulas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ximenes, Fábio Henrique Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182425
Resumo: O comportamento das mulas, durante o estro, influencia negativamente sua função zootécnica. A ovariectomia tem se apresentado como forma de torná-las mais cooperativas. Procedimentos realizados por videocirurgia se apresentam com uma possibilidade para reduzir as complicações trans e pós-operatórias. Então, foram utilizadas 9 mulas, com idade de 7,9 ± 3,2 anos, pesando 352 ± 76 kg. Realizou-se estudo do comportamento reprodutivo dos animais durante a rufiação com garanhão equino, nas diferentes fases do ciclo estral. A duração do estro foi de 6,4 ± 1,4 dias. As ovulações ocorreram 5,3 ± 2,6 dias após o início dos sinais de estro. Os sinais que apresentaram maior correlação foram micção frequente (MF) e levantamento da cauda (LC) (0,79) e imobilidade (IM) e LC (0,76) enquanto que os que apresentaram menor correlação foram aproximação do macho (AM) e LC (0,26) e AM e MF (0,29). Posteriormente foi realizada a ovariectomia por videolaparoscopia e no pós-operatório foi realizado o acompanhamento clínico-laboratorial para caracterizar possíveis complicações da técnica. Para hemostasia dos vasos presentes no pedículo ovariano utilizou-se no grupo A um bisturi ultrassônico e no grupo B um aplicador de clips de laqueação de titânio. Observou-se que o grau de dificuldade da ovariectomia foi inversamente proporcional ao tamanho do ovário. O enfisema subcutâneo foi a complicação pós-operatória mais evidente, sendo observada em todo grupo (9/9), e o hemoperitôneo foi considerado a complicação mais grave (1/9). Não houve diferença estatística (p ≤ 0,05) entre os grupos A e B. Após o procedimento cirúrgico os animais passaram por um período de descanso de 30 dias e foram submetidos à rufiação conforme modelo proposto por no mínimo 60 dias. Apenas 1 (1/9) animal apresentou sinal comportamentais compatíveis com estro, porém ocorreu em um único dia e não houve repetição. As demais mulas não apresentaram mais nenhum sinal de estro durante o período estudado.