Radiação atmosférica no ultravioleta no Rio Grande do Sul : fatores determinantes e sua distribuição a partir de dados orbitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rondón, Adriana Coromoto Becerra
Orientador(a): Ducati, Jorge Ricardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257079
Resumo: A radiação ultravioleta (RUV) desempenha um papel fundamental na fotoquímica da atmosfera, através de processos de absorção ou dispersão por seus constituintes. Quantificar a RUV espaço-temporalmente e conhecer sua relação com variáveis moduladoras é importante para o estado do Rio Grande do Sul, região com um dos maiores índices de neoplasias de pele do Brasil e onde, hoje em dia, são poucas as cidades que monitoram a RUV in situ e raras as que fazem o monitoramento contínuo. Deste modo, o objetivo desta tese foi gerar conhecimento sobre o comportamento local da RUV no intuito de contribuir na tomada de decisões para mitigar os efeitos causados pela exposição a esta radiação. Para isto, abordamos três tópicos: i) avaliamos as variações de poluentes atmosféricos e seu impacto na RUV, num cenário de redução de atividades antrópicas; ii) medimos o potencial do método Random Forest para reconstrução espaço-temporal a longo prazo, combinando dados superficiais e orbitais; iii) estimamos a distribuição espaço-temporal da RUV e suas relações com fatores moduladores. Nossos resultados mostram que em um cenário de redução de atividades antrópicas, as emissões de dióxido de nitrogênio diminuíram, enquanto os níveis de ozônio total e ultravioleta aumentaram; o aumento simultâneo de ozônio e ultravioleta sugerem que o ozônio não é o único fator que influencia a radiação ultravioleta na superfície. Tendo em vista que as estações de monitoramento ambiental existentes no Rio Grande do Sul são esparsas e distribuídas de forma desigual, foram usadas tecnologias como o método Random Forest, em combinação com uma extensa coleta de dados de múltiplos parâmetros de satélite e estações terrestres como uma ferramenta válida para prever variáveis ao nível do solo, bem como reconstruções espaço-temporais a longo prazo. Através de dados de sensoriamento remoto pudemos analisar as características espaço-temporais, determinando-se que no Rio Grande do Sul locais em latitudes mais baixas e altitudes mais elevadas apresentam maiores incidências de radiação ultravioleta; há um padrão temporal bem definido, com maior valor no verão e menor valor no inverno. Mostrou- se ainda que ocasiões de incidência da radiação mais intensa são correlacionadas de forma negativa com ozônio total, e de forma variável com dióxido de nitrogênio total.