Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Alvares, Felipe Batistella |
Orientador(a): |
Silveira, Rosa Maria Hessel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/169329
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Resumo: |
Esta tese focaliza a ideia de sonoridade e sua centralidade no processo de produção de identidades de músicos compositores/artistas. O objetivo do trabalho é investigar como são escolhidos determinados modos de soar na constituição destes sujeitos, no âmbito do gênero musical que denomino como Música Instrumental Gaúcha. A partir das teorizações propostas pelos Estudos Culturais em Educação, busco compreender alguns processos de educação musical que vão além dos espaços escolares. Procuro, assim, entender como e quais instâncias e artefatos culturais atuam nesse processo como “pedagogos não-escolares”, analisando as relações que são estabelecidas em diferentes dimensões culturais nas quais práticas musicais são realizadas. Para isso, busquei fundamentação teórica em autores como Stuart Hall, Nestor Garcia Canclini e Zygmunt Bauman, retomando conceitos como cultura, identidade, discursos, narrativas, representação e sonoridade. A partir deste aporte teórico, aprofundei o estudo sobre algumas narrativas historiográficas e discográficas que trazem elementos recorrentes nas representações da(s) cultura(s) e da(s) música(s) gaúcha(s). Para a construção do material empírico, realizei entrevistas com quatro músicos/compositores que possuem carreiras expressivas na esfera do gênero musical aqui estudado, com o intuito de compreender as negociações simbólicas que estes sujeitos realizam ao criarem seus próprios modos de soar. A análise aponta que há uma heterogeneidade de sonoridades que buscam representar a cultura gaúcha e que, apesar de encontrarmos algumas continuidades, as fronteiras entre o “soar” gaúcho –ou não gaúcho- são extremamente borradas. Neste contexto, observou-se que os músicos têm suas identidades constituídas a partir de um complexo processo que se efetiva desde práticas despretensiosas de utilizar o instrumento musical como um brinquedo, até o “ser” um profissional (artista/compositor). Os músicos, em suas narrativas, descrevem que suas trajetórias musicais são delineadas através do contato com diversas culturas musicais. Eles aprendem a tocar e atuam profissionalmente, em diferentes gêneros musicais − necessidade que a profissão, frequentemente, coloca para estes sujeitos. Neste contexto, os sujeitos aderem ao gênero Música Instrumental Gaúcha, e, ao mesmo tempo, apresentam sua própria sonoridade. Entre os cânones do gênero musical e outras múltiplas possibilidades musicais, o músico molda (e tem moldada) sua identidade. |