A noção de cooperação : análise da gênese do conceito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Camargo, Liseane Silveira
Orientador(a): Becker, Maria Luiza Rheingantz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/49414
Resumo: A tese tem como propósito investigar como as crianças pensam a cooperação. A pesquisa está inserida em um projeto da linha de pesquisa Psicopedagogia, Sistema de Ensino/Aprendizagem e Educação em Saúde, dentro da temática Epistemologia e Práticas Escolares, coordenado pela Profª Drª Maria Luiza R. Becker. A pesquisa traz como questão principal: “Como se manifesta a noção de cooperação das crianças sobre as relações interpessoais em um trabalho em conjunto?”. Através do juízo das crianças e adolescentes, analisa-se o desenvolvimento da noção de cooperação, com fundamentação na Epistemologia Genética. O termo “noção” é utilizado para caracterizar o percurso do entendimento da cooperação pelas crianças. O desenvolvimento da capacidade de cooperar relaciona aspectos do desenvolvimento moral (envolvendo a superação da moral heterônoma e das relações de coação pela moral autônoma e as relações de cooperação propriamente ditas) e aspectos cognitivos (envolvendo descentração de pensamento e substituição e coordenação de pontos de vista). O juízo é investigado e analisado de acordo com o Método Clínico piagetiano. A entrevista clínica desta pesquisa parte de uma situação fictícia apresentada às crianças em que parceiros atuam em um mesmo jogo – um quebra-cabeça. Dezoito sujeitos foram entrevistados: crianças de 8 e 10 anos e adolescentes de 12. A partir da análise de cada sujeito, são diferenciados quatro níveis de sua noção de cooperação: 1) a divisão do trabalho como condição de justiça, 2) a ênfase no critério de justiça da divisão, 3) a referência à reciprocidade resultante da ação conjunta e 4) a referência à reciprocidade como condição para a ação conjunta.