Impacto de intervenção educacional na adesão às recomendações preventivas de pneumonia hospitalar em UTI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Fleck, Caren Schlottfeldt
Orientador(a): Vieira, Silvia Regina Rios
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15932
Resumo: Introdução: A pneumonia hospitalar é a mais fatal das infecções hospitalares, com taxas de mortalidade de 30 a 60 %. Estratégias preventivas são descritas como uma das formas de controlar e limitar as conseqüências das infecções hospitalares e da pneumonia associada à ventilação mecânica (VAP). Objetivos: O presente estudo tem por objetivo avaliar o impacto da intervenção educacional sobre a adesão às medidas preventivas de pneumonia hospitalar, conforme os critérios do Central of Disease Control (CDC) para interrupção da transmissão de pessoa para pessoa, tais como higienização de mãos, uso de precauções de barreira, prevenção de aspiração associada à alimentação enteral, verificando as taxas de pneumonia e VAP 3 meses antes e depois da intervenção educacional. Materiais e métodos: Caracteriza-se por ser um quasi experimento com controles históricos. A população envolvida foi técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros e fisioterapeuta que trabalhavam nos turnos manhã e tarde na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), sendo observados os procedimentos realizados por esses profissionais, conforme suas funções. Este estudo desenvolveu-se em 3 fases: a fase 1, a avaliação antes do treinamento (104 avaliações); a fase 2, foi a intervenção educacional (2 treinamentos), sendo o treinamento baseado nas recomendações do CDC no que diz respeito à interrupção da transmissão pessoa para pessoa para a prevenção de pneumonia hospitalar; e a fase 3, a avaliação após 30 dias do treinamento (105 avaliações), sendo avaliados os mesmos profissionais, turnos e a ficha de avaliação da fase 1. Resultados: Os profissionais que mais realizaram procedimentos foram os técnicos e auxiliares de enfermagem. Comparando a fase 3 com a fase 1, observouse adesão com diferença estatisticamente significativa com (p < 0.0001), na higienização das mãos independente do uso de luvas com água e sabão (100%); na higienização das mãos para vários procedimentos na UTI, que passou a ser realizada com fricção de todas as faces e espaços interdigitais; na troca de luvas e higienização das mãos; e no aumento do uso de cabeceira da cama elevada para pacientes com risco de pneumonia aspirativa em 71% das situações. As taxas de pneumonia e de VAP mantiveram-se estáveis quando comparadas à préintervenção. Conclusão: A intervenção educacional demonstrou ser uma importante medida para o uso de ações preventivas de pneumonia hospitalar, havendo, de forma geral, um importante seguimento ao treinamento quando avaliadas a curto prazo, constatando, contudo, manutenção das taxas de pneumonia e VAP.