Estratégias de coping em pacientes com transtorno bipolar e em seus familiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bridi, Kelen Patricia Bürke
Orientador(a): Kunz, Maurício
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/131185
Resumo: Introdução: Pacientes com Transtorno Bipolar (TB) e seus familiares apresentam níveis de estresse significativamente mais elevados que a população geral. Coping, utilizado para gerenciar situações estressantes, tem sido alvo de investigação e intervenções psicossociais em pacientes bipolares, auxiliando-os no manejo destes fatores e melhorando desfechos clínicos no tratamento. Objetivos: O presente estudo tem por objetivo primário comparar pacientes com TB, seus familiares de primeiro grau e um grupo de controles saudáveis quanto ao uso de estratégias de coping adaptativas e desadaptativas. Como objetivos secundários, serão feitas análises explorando diferenças de tipos específicos de coping utilizados pelos indivíduos dos diferentes grupos (pacientes, familiares e controles), através da escala Brief COPE. Outras correlações com variáveis clínicas serão exploradas, como fatores sociodemográficos e clínicos, buscando encontrar relações com as estratégias de coping na amostra de pacientes com TB. Método: Trata-se de um estudo transversal com amostragem por conveniência. O estudo incluiu 36 pacientes eutímicos com TB, 39 familiares de primeiro grau destes pacientes e 44 controles. As estratégias de coping foram avaliadas através da Escala Brief COPE. Resultados: Diferenças significativas foram encontradas quanto ao uso de estratégias adaptativas e desadaptativas entre pacientes, familiares e controles. Pacientes utilizam em menor grau estratégias adaptativas, quando comparados aos controles. Por outro lado, os familiares demonstram maior uso de estratégias desadaptativas, semelhante ao que é observado nos pacientes, diferindo do grupo controle. Limitações: O tamanho amostral é um importante limitador para as conclusões do estudo. Ainda, as conclusões foram baseadas em dados transversais. A utilização de avaliações psicológicas e clínicas em estudos longitudinais permitiriam um melhor mapeamento das mudanças ou manutenção nos padrões psicológicos dos participantes. Conclusões: O grupo de familiares encontra-se em um nível intermediário entre pacientes e controles, ou seja, familiares fazem uso de estratégias desadaptativas em níveis semelhantes ao grupo de pacientes, mas apresentam maior uso de estratégias adaptativas, assim como o grupo controle. Intervenções psicossociais com este grupo são justificadas, favorecendo o uso das estratégias adaptativas em detrimento das estratégias desadaptativas.