Vulnerabilidade vs. resiliência no transtorno bipolar : avaliação de fatores clínicos, cognitivos, psicossocias e biológicos em familiares de 1º grau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moreno, Mirela Paiva Vasconcelos
Orientador(a): Kauer-Sant'Anna, Márcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197242
Resumo: Evidências apontam que o transtorno bipolar (TB) é uma doença multifatorial associada a alterações em neurotrofinas, em processos inflamatórios, em parâmetros cognitivos e no funcionamento psicossocial. Além disso, constatou-se que no TB há sinais de um processo de envelhecimento acelerado, como, por exemplo, o encurtamento de telômeros. O TB é uma doença com alto componente de herdabilidade. Dados apontam para a existência de alterações neurobiológicas em indivíduos não afetados com risco genético para TB, isto é, familiares de 1º grau. Portanto, o objetivo deste estudo foi examinar marcadores biológicos, cognitivos e de funcionamento em pacientes com TB, seus irmãos e controles saudáveis. Os resultados do estudo desenvolvido para esta tese estão agrupados em dois artigos : 1) “Comparação do desempenho cognitivo e funcionamento psicossocial em pacientes com transtorno bipolar, irmãos e controles saudáveis” e 2) “Comprimento de telômeros, estresse oxidativo, inflamação e níveis de BDNF entre irmãos de pacientes com transtorno bipolar: implicações para o envelhecimento celular acelerado”. No primeiro artigo, relatamos os resultados da avaliação do funcionamento psicossocial e dos testes neuropsicológicos. No segundo artigo, apresentamos dados sobre níveis séricos de neurotrofinas, interleucinas, quimiocinas, marcadores de estresse oxidativo e comprimento dos telômeros. Ambos reforçam a ideia de que traços ou alterações neurobiológicas estão presentes de forma atenuada em familiares de paciententes com TB. Resultados sugerem que irmãos não afetados podem apresentar sinais de envelhecimento precoce (encurtamento de telômeros) e pior desempenho na funcionalidade psicossocial quando comparados com controles saudáveis. Os presentes resultados podem contribuir para o desenvolvimento de marcadores em estudos de populações com risco genético e podem auxiliar em pesquisas que buscam identificar endofenótipos. Pesquisas futuras são necessárias para melhorar o conhecimento nesta área, sendo de fundamental importância a realização de estudos prospectivos com longo tempo de seguimento.