Pré-teste, fidedignidade e validade do instrumento de avaliação da dor em idosos confusos-IADIC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Saurin, Gislaine
Orientador(a): Crossetti, Maria da Graça Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/77925
Resumo: A utilização de instrumentos que orientem e garanta a avaliação da dor de forma acurada nos idosos, em especial os confusos, é uma necessidade sentida na prática de enfermagem. Existe no Brasil, uma lacuna de instrumentos que avaliam dor em idosos confusos. Dentre os instrumentos para avaliação da dor em idosos confusos está o Instrumento de Avaliação de dor em Idosos confusos (IADIC), esta escala foi desenvolvida nos Estados Unidos com o objetivo de avaliar a dor em idosos confusos. Este instrumento é composto por nove constructos agrupados em quatro componentes, onde o somatório dos constructos com resposta positiva indica a intensidade da dor, em uma escala onde, zero representa nenhuma dor e nove representa a pior dor. Nessa perspectiva realizou-se este estudo metodológico, com objetivo de realizar o pré-teste e validar as propriedades psicométricas do IADIC com pacientes idosos em pós-operatório imediato. Para a validação do IADIC foram elegíveis pacientes com idade igual ou superior a 60 anos em pós-operatório imediato, submetidos a procedimentos eletivos e de urgência, submetidos à anestesia geral e bloqueio/sedação, internados na SR-HNSC e diagnosticados como confusos após aplicação do Confusion Assessment Method - CAM. Foram excluídos os pacientes com diagnóstico médico prévio de Doença de Alzheimer, Acidente Vascular Encefálico e Depressão. A amostra foi composta de 104 pacientes. Dentre as propriedades psicométricas, avaliou-se a fidedignidade (consistência interna e estabilidade), e a validade através das cargas fatoriais dos constructos, da validade de construto, através da validade discriminante, das variáveis sexo, faixa etária e complexidade cirúrgica. A versão adaptada do IADIC foi aplicada em uma amostra de 30 pacientes idosos, para realização do pré-teste, apresentando um Alfa de Cronbach total de α= 0,889, indicativo de boa consistência interna dos itens. Quanto à fidedignidade da versão adaptada do IADIC o valor de Alfa de Cronbach foi de 0,873, para o total do instrumento. Na concordância interobservador foi possível observar a estabilidade do instrumento para as respostas entre os dois observadores onde o escore total mostra que a diferença entre os avaliadores não foi significativa (p=0,392). O coeficiente de correlação de intraclasse (ICC) foi de 0,838, demonstrando que houve boa concordância entre os avaliadores. Na análise dos valores das cargas fatoriais dos itens do IADIC, observamos que os componentes agruparam-se em três fatores em vez de quatro. Na validade discriminante o IADIC quando aplicado em homens e mulheres apresenta diferença significativa (p=0,003) para o sexo feminino. Quando analisado a faixa etária, mostra diferença estatística (p=0,004) nos idosos na faixa etária de 60 < 70 anos. Ao considerar o nível de complexidade do procedimento apresenta diferença significativa (p=0,020) para o nível de alta complexidade. Esses resultados indicam que o IADIC é fidedigno e válido para avaliar a dor nessa amostra de pacientes idosos confusos em pós-operatório imediato.