Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Norberto, Rafael Branquinho Abdala |
Orientador(a): |
Lucas, Maria Elizabeth da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/220071
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Resumo: |
Esta tese é um estudo etnomusicológico/etnográfico com hip hoppers envolvidos no circuito do "Rap AM" em Manaus. Ela objetiva compreender as práticas político-musicais no âmbito da produção e da performance musical desses agentes que se alinham às ações do Hip Hop como meio de produção artístico-cultural constituído nas e pelas dinâmicas de periferia e de uma consciência de rua. Neste sentido, assumo uma postura interdisciplinar ao escutar e olhar a Amazônia urbana representada na Manaus dos bairros populares. Diferentemente da maioria dos Estudos de Hip Hop no Brasil ligados aos Estudos de Juventude(s)/Culturas Juvenis, lanço mão da proposta teórico-conceitual de interseccionalidade geracional após ter experienciado intersubjetivamente as ações de "quatro gerações" locais de hip hoppers. Neste contexto, argumento que são reveladas potencialidades de "lutas", "resistências" e "ocupação" da cidade por meio da produção de uma Arte/cultura periférica. Durante cerca de oito meses de trabalho de campo presencial e mais de quatro anos de "trabalho de campo virtual" convivi com MCs de batalha, rappers, DJs, beatmakers e produtores musicais da cidade. Pude assim observar que suas ações músico-performáticas se fundam nas fricções geracionais e na intersecção de raça/etnia, classe, gênero e pertencimento/identidade local/regional/nacional/global. Algumas delas estão relacionadas a uma ideia sonoro-performática de Rap que valoriza o pertencimento regional evidenciado na identidade de "ser do Norte". Ao mesmo tempo que esta ideia está diretamente relacionada às "lutas" dos sujeitos periféricos através do Hip Hop em prol das transformações sociais localizadas regionalmente, ela também incide em uma espécie de negação das identidades étnico-raciais predominantes na formação sociocultural de Manaus, o que diferencia este contexto de outros que estão diretamente vinculados às causas dos movimentos negros brasileiros contemporâneos e/ou à "Nação Hip Hop" (entendimento "global" em torno do Hip Hop como cultura negra/latina ou fruto da "diáspora negra"). |