Qualidade metodológica de estudos randomizados testando estratégias para profilaxia de eventos cardiovasculares em cirurgias não cardíacas : uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Watanabe, Marcelo
Orientador(a): Duncan, Bruce Bartholow
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/26119
Resumo: Introdução - Rigor metodológico em estudos embasando estratégias de prevenção de complicações perioperatórias é fundamental para a sua validade. Objetivo - Avaliar a qualidade metodológica dos ensaios clínicos randomizados que visam avaliar estratégias para profilaxia de eventos cardiovasculares. Estratégia de busca – Buscamos relatos de ensaios clínicos para intervenções profilaticas de eventos cardiovasculares em cirurgia não cardíaca utilizando Pubmed e o Cochrane Library, bem como nas referências de outras revisões e dos próprios artigos avaliados, sem restrições da data ou da língua de publicação. Critério de seleção - Ensaios clínicos randomizados para avaliar intervenções para profilaxia de eventos cardiovasculares em cirurgia não cardíaca. Extração de dados e análise – Utilizando um formulário padrão, seis revisores, independentemente avaliaram critérios de qualidade, em duplas, nos artigos selecionados. Qualidade metodológica maior foi definida como a presence de dois ou três dos seguintes itens: sigilo da alocação, análise por intenção-de-tratar e avaliação cega de desfechos. Principais resultados – 84 estudos foram incluídos, do período de junho de 1971 a janeiro de 2007, com um total de 45653 pacientes. O sigilo da lista de alocação foi adequado em 25 (29%), o métodos de randomização, em 54 (64%), e o cegamento de pacientes e do avaliador do desfecho,em 30 (36%) e 34 (41%), respectivamente. A análise foi por intenção-de-tratar em 42 (50%) e um adequado tamanho de amostra determinado a priori em 14 (17%). Perdas foram menores que 20% em 78 (93%). A presença do fluxograma do CONSORT e a publicação pós 1996 (diretrizes do CONSORT) associaram-se com maior qualidade metodológica. Conclusões - Fração importante dos ensaios clínicos publicados carece de qualidade metodológica, abrindo espaço para vieses que podem comprometer os resultados.