Ritmo, experiência, criação : a mutualidade no contexto da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Arrosi, Kellen Evaldt
Orientador(a): Silva, Milena da Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/278562
Resumo: O presente trabalho investiga as possibilidades de experiências de mutualidade acontecerem no contexto da Educação Infantil a partir de um acompanhamento a uma turma de berçário 1 junto a um projeto de pesquisa-extensão do Núcleo de Estudos em Psicanálise e Infâncias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Partindo do entendimento da mutualidade como fio condutor do processo de desenvolvimento emocional, que inclui um ritmo co-criado, o gradual contato com a externalidade, a capacidade para ter experiências e a abertura para a criação, buscou-se nas filmagens e nos diários clínicos do trabalho de pesquisa-extensão elementos que deram a ver a mutualidade acontecendo entre bebês, educadoras e pesquisadoras. Como resultado, evidenciou-se as vias de mão dupla das interações e os efeitos de reconhecimentos entre os atores mencionados, reverberando nas práticas de cuidado no contexto da Educação Infantil. Constatou-se certa dificuldade das educadoras em realizar uma leitura apurada das necessidades dos bebês quando estes ainda relacionavam-se de forma subjetiva com os objetos e maiores interações e efeitos de reconhecimento na medida em que os bebês cresceram e mostraram-se mais ativos. Além disso, foi a partir da externalização do reconhecimento das pesquisadoras sobre o trabalho das educadoras que elas passaram a se relacionar com os bebês de outra forma. Dessa maneira, o reconhecimento das pesquisadoras pareceu somar-se ao efeito de reconhecimento que os bebês proporcionaram às educadoras na medida em que cresceram e a relação passou de estritamente subjetiva para uma em que a externalidade, aos poucos, fez-se presente.