Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Müller, Guilherme de Souza |
Orientador(a): |
Franco, Sérgio Roberto Kieling |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276725
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Resumo: |
A presente Tese aborda o problema do campo moral-social da exclusão da alteridade, da inaptidão do viver juntos e do exílio de determinadas formas de existir. Corpos estabelecidos como anormais, monstruosos, diminuídos do seu poder de afetar e ser afetado, clamando por aparecimento e pelo direito de existir. Amplia, dentre outras lentes, o biopoder sobre os indivíduos e a biopolítica sobre as vidas, que resistem e se movimentam enquanto corpos políticos e multidões. Que se chocam às técnicas de poder normalizantes e de captura do neoliberalismo e de um capitalismo farmacopornográfico, em busca de uma nova circulação dos afetos. Como respostas de iniciativas públicas à exclusão da alteridade, apresentam-se políticas para a inclusão e para a equidade em seus processos de construção. Em 2020, através do movimento de trabalhadores da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), em prol da redução das iniquidades no SUS para as populações em situação de vulnerabilização, cria-se a primeira Política Estadual de Promoção da Equidade em Saúde (POPES). Tal Política reúne um conjunto de grupos populacionais, sendo a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (LGBT+), povos indígenas, população em situação de rua, população negra e quilombola, povos ciganos, população privada de liberdade, população de migrantes e população do campo, entre outras. Essa pesquisa se propôs a cartografar a nova legislação, conjuntamente com os testemunhos dos operadores dessa política, como forma de posicionar sua atribuição enquanto resposta pública, assim como os circuitos de afetos presentes, sua capacidade de acolher a interseccionalidade, de recriar diferentes modos de intervenção e de superar as iniquidades presentes no SUS a partir da constante transformação da vida e da diversidade. Possibilitar, dessa forma, mover-se através de lentes de análise que acolham a imprevisibilidade dos afetos, problematizar sua emergência, suas tarefas e seus compromissos com a existência e resistência de vida de todas as pessoas. Chega-se, a partir dos documentos de políticas para populações específicas, dos documentos de construção de oficinas macrorregionais da POPES e dos testemunhos em uma noção de “educação para a alteridade” e dos “movimentos do fazer-se” como intervenção-formação ou formação-intervenção. |