Educação alimentar e nutricional na infância : a influência da família, do professor e de meios de comunicação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Piasetzki, Cláudia Thomé da Rosa
Orientador(a): Boff, Eva Teresinha de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/210394
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo investigar a influência da família, do professor e dos meios de comunicação na educação alimentar e nutricional (EAN) na infância. A pesquisa consistiuse em um estudo transversal, de caráter descritivo e abordagem quantitativa e qualitativa e foi desenvolvida em uma Escola Municipal de Educação Básica e em uma Escola Municipal de Educação Infantil em um município da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Foram envolvidos 100 alunos, com suas respectivas famílias (100) e 18 professores. Os instrumentos da pesquisa constaram de artigos científicos, questionários, entrevistas e encontros formativos. Os dados empíricos qualitativos foram analisados com base nos argumentos de Moraes e Galiazzi (2016) sobre análise textual discursiva e os quantitativos no software R. O processo de análise das produções bibliográficas que fazem parte do corpus de estudo do Artigo 1, fez compreender uma parcela dos conhecimentos produzidos e validados sobre a educação alimentar e nutricional na infância. Ao investigar no Artigo 2 a influência da família para a formação dos hábitos alimentares e estilos de vida na infância, identificou-se que as ações dos adultos são observadas e imitadas pelas crianças, além de serem os familiares os responsáveis por adquirir os alimentos ofertados. Mais de um terço das crianças avaliadas apresentaram sobrepeso ou obesidade, assemelhando-se com a representação da população brasileira. Identificou-se uma possível relação entre a prática ou não de exercícios físicos entre pais e filhos, e uma correlação moderada e significativa entre o número de refeições das crianças e seus familiares. Crianças e familiares concordaram quanto ao consumo de frutas, verduras e guloseimas, podendo-se afirmar a influência dos familiares nas práticas alimentares das crianças. A maioria dos sujeitos referiram ter aprendido sobre alimentação saudável em casa com a família. As crianças afirmaram seguir o exemplo de seus familiares para se alimentarem, e a maioria dos familiares indicaram incentivar suas crianças a ter uma alimentação saudável. No Artigo 3, ao investigar a influência do professor na educação alimentar e nutricional na infância, observou-se que os professores têm dificuldades de desenvolver os conceitos de EAN e tampouco conseguem trabalhá-los além do que traz o livro didático, porém os próprios professores reconhecem-se como referência para as crianças e veem suas ações serem imitadas por elas, inclusive na hora de se alimentar. O exemplo é citado pelos professores até mesmo como estratégia de ensino utilizada para desenvolver os conceitos de alimentação e nutrição humana em sala de aula. Os professores reconhecem a importância dos hábitos alimentares e estilos de vida saudáveis como essenciais para a qualidade de vida, e preocupam-se que seus alunos tenham uma alimentação saudável. Os professores acreditam ser possível realizar ações de educação alimentar e nutricional na escola e influenciar na formação de hábitos alimentares e estilos de vida das crianças. No Artigo 4 observou-se a influência dos meios de comunicação sobre os hábitos alimentares de crianças, familiares e professores, estando forte esta nos hábitos dos sujeitos, com o uso de mídias eletrônicas influenciando escolhas não só das crianças, mas dos familiares e professores. O Artigo 5 descreve a constituição de um grupo interativo na perspectiva de contribuir para a formação continuada de professores sobre a educação alimentar e nutricional. Pelas características de múltiplas interfaces de interação é que se defende a tese de que a família, o professor e os meios de comunicação têm influência na educação alimentar e nutricional na infância. Os argumentos para defesa desta tese foram construídos pela contribuição de autores como Vitolo (2015), Vigotsky (2000, 2007, 2008), Bourdieu (1983, 2007, 2014), Boff (2011) e materiais oficiais da área da saúde e educação.