Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Graciela Fagundes |
Orientador(a): |
Passerino, Liliana Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/163786
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Resumo: |
Remeter-se para a inclusão de pessoas com deficiência, em cursos profissionalizantes, requer uma aproximação às ações docentes e como elas operacionalizam-se e repercutem na possibilidade dessas pessoas ingressarem no mercado de trabalho. Em vista disso, a Educação Profissional oferecida por diferentes instituições formadoras (governamentais, não governamentais, sistema “S”, etc.) vem sendo desafiada perante esse cenário de demandas, que impulsionam a pensar acerca de peculiaridades como, por exemplo, a formação dos professores dessa modalidade, o planejamento dos currículos e a ação docente empreendida nos cursos. Nessa perspectiva, constitui-se como objetivo geral da Tese analisar como a inclusão de alunos com deficiência em cursos profissionalizantes de nível básico repercute sobre a formação de professores dessa modalidade e sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas nesses cursos. A Tese organiza-se, metodologicamente, pela abordagem qualitativa e o método de pesquisa empreendido é o estudo de caso do tipo casos múltiplos, com recorte geográfico nos municípios de Panambi e Frederico Westphalen, situados no estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa envolveu a participação de cinco (05) Coordenadores de instituições que estão vinculados na organização e promoção dos cursos de qualificação profissional de nível básico; quatro (04) docentes que ministram aulas nos cursos e dois (02) Auditores Fiscais do Trabalho do Rio Grande do Sul. Interlocutores que se somam na produção de conhecimento dos cenários investigados, mediante suas implicações em entrevistas semiestruturadas, questionários e trocas de emails. As contribuições teóricas associam-se à Teoria Histórico-Cultural, principalmente em Vygotsky, e os seus estudos de defectologia. Ademais, investe-se em temáticas como a formação de professores, a Educação Profissional articulada a processos inclusivos de pessoas com deficiência, com subsídios teóricos de estudiosos como: Pimenta, Tardif, Nóvoa, Kuenzer, Manica, Baptista, Passerino, entre outras colaborações. Na realidade estudada, os cursos profissionalizantes de nível básico foram predominantemente vinculados ao Programa de Aprendizagem Profissional (PAP). Esse formato de curso, no contexto geográfico da investigação, tem se caracterizado pela presença significativa de pessoas com deficiência e como uma alternativa de acesso à Educação Profissional e, em decorrência, na possibilidade da pessoa com deficiência ingressar no mercado de trabalho. Os dados sinalizam, a necessidade de conhecer o professor da Educação Profissional, principalmente os que estão à frente dos cursos pelo PAP, os quais associamos a uma identidade profissional heterogênea com uma dedicação parcial à docência incentivada, inclusive, por um novo cenário que se anuncia submetido à qualificação de possuir um “notório saber”. Verifica-se a existência de um ritmo diferenciado entre as políticas de formação docente, carente nessa conjuntura, e as ações que são requeridas para a área da inclusão laboral de pessoas com deficiência. Tal aspecto incita à reflexão, pois um dos protagonistas principais do trabalho de promover e viabilizar os processos inclusivos de profissionalização de pessoas com deficiência é esse profissional que aprende a ser docente na e com a ação. A investigação indica que as políticas e ações de inclusão laboral precisam também ser acompanhadas de contínuos investimentos na qualificação dos professores da Educação Profissional, pois essa área não está imune às transformações histórico-culturais do presente. Tal demanda coloca em destaque a necessidade do conhecimento e atuação da Educação Especial para além dos processos inclusivos no âmbito escolar como, também, no laboral pelo viés da Educação Profissional. |