Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Schimitt, Marcelle |
Orientador(a): |
Rohden, Fabiola |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/259916
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Resumo: |
O rosto é um dos principais pontos de atenção do olhar. Olhamos com e para o rosto. Reconhecemos nós mesmos e os outros primariamente a partir dele. Apesar disso, a imensa quantidade de recursos textuais e imagéticos dos quais dispomos parece não ser suficiente para falar da face – que nesta tese utilizo como sinônimo para o rosto. Ela nos escapa ao mesmo tempo em que nos constrange. A partir das fissuras labiopalatinas, anormalidade facial que ocorre em uma a cada 650 pessoas nascidas no Brasil, discuto noções de deficiência, os procedimentos cirúrgicos de reparação e um cotidiano que excede o rosto, mas que, por escolha analítica minha, parte dele e para ele retorna. Ao longo dos quatro primeiros capítulos, discorro sobre o rosto através das fissuras, e ao fazer isso abordo também suas fronteiras, às vezes mais às vezes menos estáveis, e, por consequência, sua materialização. É, porém, no último capítulo que concentro as principais discussões que embasam esta tese. Argumento, por fim, que o rosto é um fenômeno que se constitui a partir de práticas discursivo-materiais tais quais os processos faciais que ocorrem ainda na fase embrionária, as intervenções cirúrgicas, nossas interações com outros humanos e não humanos, as demarcações materiais e históricas que estabelecem o normal e o patológico. E as faces fissuradas evidenciam, especialmente, essa natureza inacabada e porosa dos rostos. |