The coordination of the innovative process: dynamics of intra-firm interactions in agrifood SMES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, João Heitor de Ávila
Orientador(a): Barcellos, Marcia Dutra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/168791
Resumo: A inovação é reconhecida como o processo de renovação da firma, garantindo sua sobrevivência e sucesso. Devido ao ambiente constantemente em mudança, na era digital, as empresas exigem inovação tecnológica e resposta gerencial para se manterem competitivas. Embora, combinar e recombinar todos os recursos não é uma tarefa fácil. Em um mundo ideal e utópico, uma empresa seria composta por trabalhadores com conhecimentos iguais e completos sobre todas as operações, métodos, processos e técnicas das atividades da empresa. A crescente onda de empresas que cooperaram trouxe sucesso a algumas empresas, mas não a todas. Estudos como os de Nesheim (2015), Chatterji (2014) e Mina (2014) nos mostram que o conhecimento é complicado de se gerenciar e é comum que os pesquisadores identifiquem um conhecimento obtido de origem externa preso em certas unidades. Os autores argumentam que esse fenômeno pode acontecer devido a aspectos comportamentais, mas também devido a padrões de processo ou organizacionais. Do ponto de vista intra-firma, Paruchuri (2010) argumenta que uma empresa que melhore a difusão do conhecimento internamente ira aprimorar sua atividade inovadora. Aalbers (2015), refletindo sobre a governança do compartilhamento de conhecimento dentro das organizações, sugere que o conhecimento pode ser difícil de transferir por causa da dinâmica das interações. Essas dinâmicas podem criar uma relutância em compartilhar conhecimento com pessoas de outras unidades. Vários autores, como Hansen (1999 e 2002) e Cross (2003 e 2004) argumentam que os pesquisadores, em grande parte, que se concentraram no fluxo de conhecimento dentro de uma empresa, têm focado apenas nos indivíduos, independentemente da sua posição na organização, e acabam muitas vezes ignorando os limites das unidades da empresa, como possíveis obstáculos para que o conhecimento seja transferido. Devido a esta dinâmica, centrada na inovação, é importante criar novas formas de analisar e desenvolver as atividades da empresa, visando aprimorar seu desempenho e compreender melhor os facilitadores de soluções para que se gere inovação. Portanto, surge a questão da pesquisa: Como as empresas podem gerenciar interações intra-firma para melhorar as atividades inovadoras? Assim, este trabalho tem seu núcleo nas interações intra-firma para fins de inovação. Em outras palavras, exploramos fatores-chave que podem nos permitir analisar melhor as atividades inovadoras da empresa em uma perspectiva intra-firma. O principal objetivo é apresentar os aspectos chave na coordenação intra-firma, baseada nas interações, capaz de melhorar o fluxo de conhecimento para a inovação dentro da empresa. Assim, elaboramos e realizamos um estudo qualitativo com 8 FAI (Firmas Altamente Inovadoras), 4 localizadas no Brasil e 4 localizadas na França. 11 Utilizamos as dimensões e os papéis de corretagem adaptados de Aalbers (2015), Tsang (2015) e Indarti (2010) para desenvolver um instrumento semiestruturado para as entrevistas. Analisamos as interações de um projeto de desenvolvimento de produto em cada empresa e as interações foram classificadas de acordo com: Hierarquia (Horizontal ou Vertical); Alcance (unidade ou unidade cruzada); Tipo (Formal ou Informal) e utilizamos a Intensidade (Frequência) como base para a análise. Nossos resultados demonstram três formas de coordenação intra-firma usadas pelas empresas em suas atividades relacionadas a inovação e um mecanismo específico para a gestão do fluxo de conhecimento com o uso das interações intra-firmas. A primeira forma teve a hierarquia como base para a estrutura organizacional utilizada no projeto, centralizando o controle das interações no coordenador da unidade de desenvolvimento. A segunda forma foi orientada para as interações, os indivíduos com alta posição hierárquica estavam conscientes da importância do fluxo de conhecimento para os processos inovadores. As interações foram centralizadas e depois descentralizadas, em um movimento de interações que seguia o fluxo baixo para cima e cima para baixo. A terceira forma foi chamada de Coordenação do Fluxo de Conhecimento, pois seguiu uma sequência de interações inter-unidades e intra-unidades, usando interações informais para reunir as informações e as interações inter-unidades verticais formais para divulgar a informação. Além disso, as empresas adotaram uma nova abordagem, única para suas atividades inovadoras, atribuindo uma pessoa designada para reportar as atividades aos altos gerentes em uma interação formal, mas coletando informações com o uso de ferramentas para interações informais. A dinâmica das interações teve mudanças relevantes nas empresas analisadas. O compartilhamento de conhecimento sempre deve ser promovido, mas sem destruir o foco na inovação. No entanto, se é mais proveitoso formalizar as interações para o trabalho de ideação ou tentar usar interações informais de maneira mais sutil é uma questão que cada empresa deve responder. Esperamos que o nosso estudo forneça insights importantes sobre a inovação nas empresas. A definição das tipologias de interações foi um primeiro passo e mostrar a coordenação intra-firma, em um desenvolvimento de inovação, pode ajudar as empresas a entender o poder que as interações têm para gerenciar os processos de compartilhamento de conhecimento.