Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Santos, André Luís dos |
Orientador(a): |
Baquero, Marcello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/15829
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é investigar os efeitos da tradição apolítica no processo de socialização dos jovens da Igreja Pentecostal Assembléia de Deus em Porto Alegre/RS. O fenômeno da politização verificado entre algumas religiões brasileiras e no comportamento político dos seus adeptos demonstram uma limitação do Estado em prover políticas públicas para os mais necessitados e, na mesma medida, uma progressiva desilusão dessas populações com a democracia e com as suas instituições representativas. Nesse contexto, algumas denominações pentecostais mais tradicionais assumem uma postura declaradamente apolítica, o que nos leva a crer que a teologia pregada nessas igrejas pode, de alguma maneira, influir no processo de socialização política dos jovens que freqüentam mais assiduamente os cultos. Assim, buscou-se enfocar o papel do dogma contido nos discursos das lideranças da Assembléia de Deus sobre a constituição da cultura política da juventude desta denominação evangélica. Partiu-se da hipótese de que quanto mais elevada for a adesão às práticas doutrinárias, maior será a probabilidade de desenvolvimento de uma personalidade orientada para a desvalorização da política e, conseqüentemente, mais escassos serão os seus recursos de empoderamento, e mais deficiente, do ponto de vista da participação política, seja ela institucional ou alternativa, será a sua cidadania. A pesquisa revelou que existe uma perspectiva de que a Assembléia de Deus permaneça orientada por um discurso de caráter sectarista, apolítico e autoritário; mas, por outro lado, mostra-se potencialmente aberta ao diálogo com a dimensão política e aos espaços de interlocução com a sociedade civil, muito em função da heterogeneidade postural das suas elites eclesiásticas. Esse cenário institucional ambivalente demonstra que há uma sensível pré-disposição a mudanças nas estruturas e nas relações, impulsionadas pelo aumento do nível escolar da atual geração e pela reconversão de boa parte da classe média brasileira. |