Matemática sociocultural versus matemática acadêmica no contexto do futuro professor : um estudo etnomatemático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Paulo Policarpo
Orientador(a): Ludke, Everton
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188393
Resumo: O tema desta tese referenciando a Matemática Acadêmica vinculada à formação do futuro professor de Matemática da Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada – FAFOPST, em simbiose com a Matemática Sociocultural vinculada ao Movimento Sem Terra – MST, denominado nesta pesquisa de uma Comunidade Camponesa, apresenta um Curso de Extensão Universitário – CEU, abordando a Etnomatemática como instrumento à Resolução de Problemas, para o pensar de uma nova prática pedagógica, ou seja, inovadora, alicerçada por meio de métodos diferenciados do ensino de matemática com métodos desenvolvidos pelo mestre Jussilvio Pena, complementado na criação desses modelos, indispensáveis na elaboração criativa dessas estratégias, por meio do Método do Ineditismo do mestre Paulo Policarpo Campos, com respaldo ao universo do saber sistematizado e desenvolvido no espaço escolar, com a contribuição da Educação de Jovens e Adultos – EJA. A investigação de cunho qualitativo e inspiração etnográfica, utiliza como procedimento metodológico a observação participante a entrevista semiestruturada, análise de documentos (avaliações continuas), conversas informais e relatos pelos cursistas (sujeitos da pesquisa), profissionais da Comunidade Camponesa (convidados), alunos da EJA (participantes/colaboradores), professores da SEST (ouvintes), que contribuíram de forma direta e indireta do trabalho de pesquisa. As inspirações teóricas do trabalho apresentam elementos de constituição do Programa Etnomatemática, promovendo um diálogo com a realidade que envolve o contexto escolar, levando em consideração os contextos socioculturais, os diferentes saberes e fazeres. Assim sendo, o Programa Etnomatemática emerge com uma visão holística e com uma aproximação para a formação inicial de professores de matemática, de modo a construir significativamente o saber em conjunção com outras disciplinas. Na análise da matemática informal de profissionais de diferentes contextos sociais da Comunidade Camponesa e a matemática formal vivenciada pelos futuros professores de matemática durante o processo formativo, percebe-se que, nas relações entre essas duas matemáticas aparecem vários conhecimentos matemáticos ligados a Aritmética e a Geometria Plana e Espacial, mas que diferem na linguagem própria de cada uma. Finalmente conclui-se que para a prática pedagógica dos futuros professores de matemática da FAFOPST alcançar os objetivos de uma aprendizagem significativa para atender a política da Educação Básica e Educação Superior, a metodologia deve conduzir eficazmente ao domínio da Matemática Acadêmica a partir de duas perspectivas: a Etnomatemática na Comunidade Camponesa e a Etnomatemática como instrumento à Resolução de Problemas na formação do futuro professor de matemática por meio do Método do Ineditismo. Faz-se necessário, portanto, uma mudança epistemológica nos cursos de formação de professores aliada a um trabalho transdisciplinar e multicultural, em uma perspectiva crítico-reflexiva. Mas para isto, é necessário, sobretudo, que a escola e os professores compreendam que ensinar matemática não é só uma tarefa técnica, mas também política.