Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Mariana Kuhn de |
Orientador(a): |
Lisboa, Wladimir Barreto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/236993
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Resumo: |
Essa dissertação é composta de três artigos independentes, que podem ser lidos separadamente sem prejuízo à compreensão de cada um deles. Juntos, contudo, eles compartilham o atributo de fornecer um panorama sobre as faculdades humanas relativas às paixões, à prudência e à razão e de mostrar a relação dessas faculdades com o argumento de Hobbes sobre a necessidade da busca da paz e da constituição do Estado. No primeiro artigo, tratarei das causas das paixões, relacionando-as aos movimentos do corpo e também comentarei uma paixão específica: o desejo por poder, mostrando a relação desse desejo com a glória. O objetivo do artigo é mostrar que a compreensão da dinâmica que envolve o desejo de poder e a glória é importante para entender as causas da guerra de todos contra todos e também como é possível, para o soberano, lidar com essa dinâmica no Estado, garantindo que a paz seja mantida. No segundo artigo, buscarei mostrar que a faculdade que todos os indivíduos possuem para raciocinar e que é essencial para eles, a prudência, pode interferir negativamente na busca pela paz. Como a prudência é desenvolvida pela observação de experiências passadas, por meio dela é impossível obter certeza, fazendo com que os indivíduos desenvolvam muitas opiniões incorretas. Além disso, por meio da prudência não é possível descobrir as leis de natureza, essenciais para a paz. As leis de natureza só podem ser descobertas pela faculdade discutida no último artigo: a razão. A razão, contudo, não é apresentada como natural aos indivíduos no Leviathan, sendo necessário que eles a adquiram por meio da indústria. Nesse artigo, tratarei da relação do método utilizado pela razão com a linguagem. Além disso, tentarei expor como se dá a derivação das leis de natureza a partir desse método. Por fim, discutirei a fonte de obrigatoriedade das leis de natureza, uma vez que o método proposto por Hobbes parece não ser capaz de fornecer a normatividade que ele afirma que elas desfrutam. |