Tempos da pesquisa, tempos da escrita : a biografia em Francisco Adolfo de Varnhagen (1840-1873)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Evandro dos
Orientador(a): Cezar, Temistocles Americo Correa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/17835
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo analisar a presença e as variadas apropriações da biografia na escrita da história oitocentista a partir do exame de parte da obra do mais importante historiador brasileiro daquele período: Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878). Contando com sua condição de viajante - Varnhagen fora diplomata, um funcionário da burocracia imperial - ele levantou informações e produziu uma série de notícias biográficas. Esses escritos foram publicados na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro entre os anos de 1840 e 1873, totalizando 31 textos editados na seção biográfica desse periódico. Na primeira parte do trabalho, assim, são essas publicações que, além de serem objeto da investigação, servem de guia no mapeamento dos diálogos entre alguns títulos assinados por Varnhagen, como suas edições comentadas de documentos históricos relativos ao período colonial e um compêndio de poesias por ele organizado. Seus périplos pelos arquivos são vislumbrados por meio dessas fontes. A Historia geral do Brazil (1854-1857), sua obra mais conhecida, permite um aprofundamento da leitura, dada a sua dimensão e seu caráter de síntese. Desse modo, na segunda parte desse estudo, o foco recai sobre as incorporações biográficas nela inseridas, tendo as relações entre as noções de tempo e de autoridade como bases da análise. De maneira geral, a dissertação aborda a escrita da história no Brasil do século XIX, os recursos para a configuração e legitimidade da narrativa historiográfica e a autoridade da figura do historiador, em uma perspectiva que entende os resultados desse ofício tal qual uma operação e, portanto, percebe no texto histórico uma fonte privilegiada às abordagens de cunho historiográfico.