Resumo: |
O avanço tecnológico possibilita a ampliação do mercado têxtil por meio do desenvolvimento de novas técnicas de tecelagem, como a tecelagem 3D, e da criação de materiais mais sofisticados, como os tecidos funcionais. Entre os aspectos que possibilitam a geração de tais tecidos, tem-se como pomto principal o estudo da área superficial das fibras e da sua interação com o agente funcionalizador, no qual geralmente são os óxidos inorgânicos. A impregnação de nanopartículas é uma das técnicas de funcionalização que desperta grande interesse, porque permite aumentar a durabilidade do efeito funcional. Os óxidos mais estudados para funcionalização têxtil são TiO2, AgO, ZnO. O óxido de zinc (ZnO) apresenta como vantagens o fato de não ser tóxico à saúde humana e o baixo custo quando comparado com os outros materiais. Tendo como objetivo a funcionalização de tecidos, este trabalho trata de um no vo método de impregnação de nanopartículas de ZnO em tecidos de algodão mercerizado e não mercerizado. A funcionalização têxtil foi realizada por síntese in-situ fazendo uso de agentes precursores HTMA e Zn (NO3)2.6H2O. O teor de ZnO impregnado e os fenômenos decorrentes desse processo, assim como, as modificações estruturais causadas pela etapa de mercerização foram avaliados por meio de análises de espectroscopia UV-Vis, difração de raios X, perda ao fogo e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados mostraram que o método desenvolvido viabiliza a síntese de nanoestruturas de ZnO, com morfologia hexagonal, sobre a superfície das fibras de algodão. Os tecidos tratados por esta técnica apresentam aumento no seu fator de proteção contra radiação ultra violeta. O algodão submetido ao processo estudado pode ter o seu fator de proteção UV duplicado quando comparado com tecido de algodão comum. |
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